sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MIKAO USUI

Há 146 anos, no dia 15 de Agosto, nascia Mikao Usui, no Japão, o recriador da imposição de mãos como método de cura, denominado por ele de Reiki.

O Reiki é um sistema de harmonização que, através da imposição das mãos, nos coloca em contato com a força da vida, que a tudo permeia, e nos re-ensina o respeito a nós mesmos auxiliando-nos a reconhecer o outro como nosso semelhante e irmão; perceber a possibilidade de uma existência harmônica entre os homens e a natureza, para que possamos viver o amor incondicional.

Sem a necessidade de uma formação intelectual específica, ou mesmo formação religiosa, o Reikiano que foi sintonizado por um Mestre de Reiki, pode “passar” pela imposição das mãos a energia necessária que possibilita a reorganização espiritual para que possamos, através de uma sintonia sutil com a energia vital, reedificar tanto nosso estado de espírito como nossas funções psicológicas e biológicas.

É sim um sistema de cura!

Sem interferir ou sequer permear a área da medicina alopática e formal os iniciados em Reiki possibilitam, através das mãos, que a energia da vida reequilibre àquelas pessoas que possam estar padecendo com disfunções em seu corpo físico.

A palavra Japonesa Reiki é formada pelos caracteres Rei, que quer dizer energia cósmica universal, consciência divina, espírito da natureza e Ki, que significa força vital, energia, força natural[i]. Entretanto, Reiki é apenas uma palavra que designa um sistema de cura e que proporciona o entendimento para o homem sobre esse sistema, poderia ser qualquer outra palavra desde que o fundamental ficasse bem explícito: Energia de vida que é canalizada através da imposição de mãos e repassada a quem necessita.

Todo e qualquer Reikiano, ou sistema de Reiki, tem ligação, através da sua linhagem[ii], com Mikao Usui, seu criador; mas não podemos ficar no plano do mito e acreditar que o Reiki é apenas uma das formas alternativas de apresentar às pessoas teorias fora do plano da medicina tradicional, alopática e ortodoxa. O Reiki, mesmo que os cientistas não mencionem esta palavra, é comprovado “cientificamente” como um sistema de cura e em alguns países utilizado por hospitais tradicionais em doentes até no estado terminal.

Não fosse comprovada sua eficácia; não tivesse tido êxito superando problemas de ordem física, esses hospitais não estariam até hoje utilizando a técnica de Reiki e contratando Reikianos para o serviço público.

A própria ciência ortodoxa fez descobertas concluindo que os organismos vivos passaram a ser vistos como sistemas complexos, não lineares e auto-organizados, que permutam constantemente energia e informações com sua vizinhança para sobreviver. Desta forma, o ser humano já é visto sob um prisma mais abrangente: ele constitui um sistema vivo holístico, capaz de trocar energia e informação com o meio que o cerca, num processo dinâmico cuja finalidade primeira é mantê-lo vivo.  Naturalmente isso acarreta conseqüências para a saúde, a doença e a cura.

Se os próprios cientistas ortodoxos não mais podem negar a existência do Biocampo, de uma energia vital, campo eletromagnético produzido por todos os seres vivos, fator básico para a vida, certamente existe fundamento científico de sobra para afirmarmos que o Reiki, através da imposição das mãos, reequilibra o corpo humano; tanto fisiológica como psicologicamente.

“Estudos desde o século 19 se debruçam sobre a energia do corpo humano. O conceito do biocampo, aliado ao da energia vital já vinha sendo estudado pelo alemão Hans Driesch naquele século. Também o russo Alexander Gurwitsch, em 1944, estudou esse conceito considerando-o um fator presente desde a formação do embrião. A biofísica Beverly Rubik propõe a existência de corpos sutis do ser humano alem do corpo físico visível, os quais envolvem domínios da mente, da alma e do espírito”. [iii]

O que antes era um mito hoje já se tornou matéria de estudo científico, haja vista a nova postura dos ortodoxos aceitando que o Reiki, Acupuntura, Shiatsu, Quiropatia e outros sistemas de cura, antes chamados de alternativos, estejam presentes em hospitais que ministram a medicina alopática.

A cientista e médica Barbara Ann Brennan[iv], que inclusive foi pesquisadora da NASA, admite que o nosso corpo físico exista dentro de outro corpo, muito mais amplo, o campo da energia humana, envolto em uma aura, através da qual criamos nossa experiência da realidade, inclusive a saúde e a doença. É nesse corpo que localizamos o início e o fim de nossos distúrbios psicológicos e emocionais, escreve a cientista.

O fenômeno da existência humana se desenrola nos níveis físicos e metafísicos, mas somente agora a ciência começa a se interessar no aprofundamento desses estudos, extrapolando a estrutura da medicina clássica.

O Reiki é um sistema de cura que figurou no tempo histórico de forma mitificada, a tal ponto que mesmo sua prática sendo amplamente conhecida não havia uma sistematização da sua aplicabilidade; tampouco havia sido formulado um conceito claro tanto da palavra Reiki quanto da idéia de se curar pela imposição das mãos; havia ainda o mito em torno da energia vital atribuindo-se a cura pelas mãos ao milagre, à magia e a outras formulações fantasiosas, deixando-se pouquíssimo espaço para a especulação científica.

Baseando-nos em fatos históricos comprovados, podemos afirmar que o primeiro homem que curou pela imposição das mãos foi Jesus Cristo[v]; e é bom reforçar que estamos falando do homem histórico, para não se confundir Reiki, ou a cura pela imposição das mãos, à religião, mitos ou fantasias. 

Jesus Cristo tanto como Platão, Aristóteles, Freud, Sartre ou eu e você habitou este planeta em um tempo histórico, viveu, conviveu, trabalhou e, curou pela imposição das mãos. 

Portanto, deixemos os milagres por conta das religiões e, dos próprios milagres, pois acreditamos, ou ainda não temos conhecimento, o homem não faz milagres[vi]. Mas podemos contribuir para agir como um canal entre aquilo que se considera milagre e a realidade da vida física, proporcionando com humildade, compaixão e amor incondicional a cura pela imposição das mãos que, sem medo de errar, podemos denominar como uma medicina metafísica.

E, humildemente, sabendo que somos emanação do Criador, pedimos sua graça a cada vez que nos propomos a ser um canal que possibilita a ligação entre o físico e o metafísico; entre o homem e a energia superior, entre a realidade da existência humana e a realidade da existência supra-humana.

Reiki é tudo isso; cura pela imposição das mãos, tanto do corpo físico (biológico e psicológico) como do corpo metafísico (onde se origina a saúde e a doença); canal de ligação para passar a energia plena, cósmica, curativa e, o meio de se conectar com si mesmo, abrindo-se à compaixão, à bondade, ao amor incondicional, à plenitude da vida, somando bem viver físico com felicidade, e reconhecendo a humildade como fator de superação do egoísmo e do distanciamento entre os seres humanos.


[i] Ensinamentos recebidos de minha Mestra, Sensei Dayse Guilherme Ruas, no ano de 2002.
[ii] Linhagem é a hierarquia dos iniciados em Reiki, começando com Mikao Usui.
[iii] Dados extraídos da Revista Planeta. Corpo de Luz, por Eduardo Araia, pg. 31/33, edição 404, maio 2006.
[iv] Brennam, Barbara Ann. Hands Of Light. A Guide to Healing Through the Human Energy Field. Bantam Books, 1987.
[v] Embora os Reikianos não incluam Jesus Cristo nesta linha hierárquica chamada de linhagem, certamente é por saberem que Ele, independentemente de qualquer discussão, foi o primeiro Reikiano da história.
[vi] Excetuando-se Jesus Cristo; pois que, creio tanto no Homem histórico como no Homem Especial que foi ou, se quisermos, Homem de Re-ligação com o Criador (para não se falar em religião, por conta da confusão feita em torno de associações religiosas e Religião que é um Re-ligar ou Re-ligare; Re-ligação com o Ser Superior, o Criador, Deus...)

(*)Especial agradecimento à minha segunda Mestra, Astrid Annabelle (sannyasi Ma Jivan Prabhuta, que significa a "Mãe que irradia a força da vida".), e que me possibilitou a graça de ser Mestre em Reiki.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

FRENTE E VERSO

Muitas vezes sinto minh'alma dividida; lamento não conseguir unifica-la para tornar-me uno. 

O coração partido divide sentimentos e concluo que ser essencialmente bom é uma luta inglória e definitivamente impossível para o ser humano. Mas essa luta, que a todo instante caracterizamos como entre o bem e o mal, é uma parte necessária da existência. 

Somos Céu e inferno. 

Cabe a cada um de nós amordaçar esse inferno para deixar florescer a divindade.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

LEITURA E FILOSOFIA

Ao iniciar a leitura de um texto procure apaixonar-se pelas palavras, pois a palavra, escrita ou falada, sempre possibilitará um novo conhecimento àquele que lê ou escuta. 

Independente do tema toda nova leitura possibilita a superação do conhecimento, portanto é necessário intensificá-la e fazê-la com gosto.

Quando falamos em filosofia estamos falando em leitura, muita leitura, pois é através dos livros que poderemos conhecer o pensamento desenvolvido pelos grandes filósofos e aumentar nossos conhecimentos.

A palavra filosofia, traduzida do grego, quer dizer amigo da sabedoria, portanto, todo o filósofo é sempre um estudante, quer sempre saber mais, está aprendendo a todo instante e sabe que, a única coisa que pode dizer com certeza é que nada sabe.

Essa “provisoriedade” do conhecimento faz com que o filósofo sempre pergunte o porquê de todas as coisas e a pergunta mais inquietante é: “o que faço no mundo?”, “por que estou aqui?” 

Perguntar é, para a filosofia, o mais importante, pois o questionamento nos apresentará possibilidades infindáveis.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DISPOSIÇÃO PARA PENSAR


Muitas vezes me surpreendo “conversando comigo mesmo”, ou como diria Sócrates, com o meu “daimon” interior, em busca de respostas para as perguntas do cotidiano.

Essas reflexões me fazem concluir que o homem moderno não “pensa”, não tem disposição para filosofar, não está atento à sua própria existência!

Seus pensamentos são apenas resultado da apreensão visual sobre o cotidiano, que se transforma em um nada por falta do senso crítico e da disposição para a racionalidade.

Parece que pensar é uma tarefa enfadonha, cansativa e inútil.

Talvez seja por isso que a ação do homem seja tão insana, insensata, profana e inconseqüente.

Se coisa alguma temos para pensar o tempo voa!

Se o que temos há pensar apenas ocupa espaço na mente para que a racionalidade não se sobreponha às inutilidades, que o tempo voe!

Se o nosso “que fazer” no mundo é àquele que nos transforma em bestas; que o tempo passe mais rápido para um novo amanhecer, quiçá, melhor.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DÁDIVAS (uma oração)


Foi-me dada a Liberdade; o Ar que respiro; a Água que bebo; o Sol que me aquece e as Noites para o pleno repouso.

Além de tudo, sou feliz e felizes são àqueles que me cercam.

Nada me é pedido em troca dessas maravilhas da existência, que tenho recebido graciosamente.

O que devo fazer, Senhor, para humildemente agradecer-Te?