O homem tem uma série de
equívocos durante sua vida que a existência à que teve o privilégio de receber
do Criador, muitas vezes, é pouca para que possa fazer determinadas reflexões acerca
de seus atos.
O ego de um homem pode ser
tão daninho que poderá cegá-lo e fazer com que não consiga divisar o certo do
errado, o falso do verdadeiro, os amigos dos inimigos.
Talvez este texto seja uma
catarse, mas se o for, será somente para que eu possa dormir em paz na hora de
acertar as contas com a minha consciência sobre os atos praticados contra ou a
favor de alguém.
Sim, nós praticamos atos que
podem ser contra uma pessoa e a favor de outra.
Existindo ou não atos que
praticamos contra determinados interesses de uma pessoa, eu e três outros
amigos, poderemos, pelo menos, dormir com a nossa consciência em paz sobre
nossas decisões tomadas em momentos anteriores, pois foram corretas e
estiveram, naquele momento, em desacordo com um sofisma.
O que é traição? Fazer um
acordo com determinada pessoa e depois não cumprir tal acordo? Deixar de
concordar com as decisões tomadas por uma pessoa, que até então estava
acreditando que seus atos seriam todos abonados sem nenhuma resistência?
Discordar, mais tarde, do que foi anteriormente acordado?
Existem várias indagações
que poderiam compor um escopo de feitos com possibilidade de serem atos de
traição, mas é necessário que se tenha bem claro que um ato vem precedido de
vários outros e que desfazer um acordo talvez tenha uma razão de ser; uma razão
bem mais grave do que simplesmente desfazer acordos feitos.
Os leitores poderão
exclamar: Que texto hermético? E o é! Sim é hermético! Diz respeito a catarse
sobre a consciência, cobrando-me por vários anos uma resposta para
uma frase dita de forma maliciosa, raivosa e vingativa que atribuía decisões
tomadas em um tempo pretérito para corrigir erro anterior, como se tal decisão
fosse traição.
Quando se erra existe tempo
para corrigir o erro; e isso foi feito! Este fazer ensejou um ataque a sorrelfa
à dignidade alheia e tal ataque foi assimilado com paciência doce, embora o
amargor do discurso de malicia que acompanhava tal afronta; um verdadeiro copo de
cicuta para àqueles que esquecem que o tempo é o senhor da razão!
Pois o tempo passou; e
passou, e passou...
Ano após ano minha
consciência cobrava-me esta catarse; e cobrava-me a verdade!
E a verdade é que senti-me traído pelo meu melhor amigo daquela ocasião; bem ao contrário do discurso daquele tempo, daquele
interregno de espaço existencial em que nossas vidas se cruzaram para um
objetivo que se tornou, posteriormente, apenas uma utopia.
A verdadeira traição é a que estivemos sujeitos e não àquela apregoada pela mágoa e pela vingança!
Hoje, a partir de agora,
posso dizer, pela força do tempo; do amadurecimento; da reflexão e da temperança que ninguém traiu ninguém; as decisões tomadas
foram o resultado de conclusões acerca do mito de um discurso teórico e a
realidade de uma prática execrável, que todos condenavam, e que a ela se
apequenaram quando o ego se inflou; a ganância se apresentou; os erros se
estabeleceram; a força de um discurso ético fragilizou-se e a união em torno da
verdade fragmentou-se pela força da mentira.
Nós estamos livres daquela
traição: livres de termos sido traídos e livres de termos traído alguém! A vida
continua, aqui e acolá.
P.S. Este texto é dedicado à
Dartagnan e aos Três Mosqueteiros. (Tudo de forma hermética; ou quase!)
Um comentário:
Ai professor... por onde andas.
Seu aluno Washington. FADOM - Divinópolis
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