sábado, 4 de fevereiro de 2012

CERTAS MÃES...

Observo o esforço de certas mães com relação aos seus filhos, quando deles estão distantes. Zelosas, carinhosas, atenciosas... Ao telefone esmeram-se em promessas de presentes e passeios idílicos quando se reencontrarem.

Normalmente isso acontece quando o filho está sob os cuidados do pai e a pensão alimentícia ainda não está outorgada pelo juiz; mas com grande possibilidade de o ser logo a seguir, desde que o filho fique sob sua guarda.
 
A mãe então, digna de estátua em praça pública, se esmera em carinhos on line e atenção via celular. A guarda assim estará garantida, não haverá juiz que obstaculize essa questão.
 
O problema é quando o filho resolve que quer, porque quer, falar com o Juiz. Bate um medo danado de que o moleque resolva querer ficar com o pai; afinal esse pestinha já pode decidir e depois do alarde da lei da palmada as marcas da fivela do cinto na bunda daquele espertinho ainda o fazem recordar o desassossego da mãe na última vez em que ele cometeu a besteira de falar mal daquele namorado impertinente que ela resolveu levar para casa.
 
Pior foi quando disse: “eu quero morar com meu pai!” Uma catástrofe! Agora a lei da palmada seria insuficiente para resolver o seu caso e ele foi direto para a salmoura.
 
Pois, certas mães, são muito mães quando a pensão alimentícia é um sinal de que não vai precisar procurar emprego e as baladas a receberão para noites de farra e namoros intensos.

Ser mãe não é fácil; menos fácil ainda é ser julgador, pois hoje um Juiz pode colocar na cadeia um bom pai, enquanto a mãe se locupleta com parte do seu salário, pois ninguém vai fiscalizar o uso do dinheiro e nem se a criança é beneficiada por ele. São como a máquina pública, muitos espertinhos administram o caixa dos incautos enquanto a Lei fica amordaçada, pois o papel do julgador é apenas cumpri-la, como foi determinado em voto pelo Legislativo.

E a interpretação da Lei... Bem, as escolas são tão sucateadas no País que esse é outro assunto.
 
Mas, voltando a certas mães... Não se fazem mais mães como antigamente! (*)

(*) In Memorium à minha mãe, que nunca me deu "sequer" uma palmada.

Um comentário:

Astrid Annabelle disse...

Definitivamente não se fazem mais mães como antigamente Ira. Mesmo porque isso não é possível.
Agora estou com você, apesar de ser mãe e avó: as mulheres andam abusando.
Não creio que a vida e a educação de uma criança possa estar vinculada a regras e a leis...
Foi preciso criar regras e leis para "tentar" colocar alguma ordem naquilo que se chamava antigamente de família, onde havia um pai e uma mãe acima de qualquer suspeita.
São as mudanças, as modernidades, por vezes nem tão modernas se espicharmos um olhar mais atento para a história da humanidade.
Vou parando por aqui, pois me empolgo fácil.
Espero de coraçao que tudo esteja nos conformes...
Beijo grande
Astrid Annabelle