domingo, 29 de setembro de 2013

HOMENS DE HONRA; ONDE ANDARÃO?

Há vários anos venho republicando este texto em meus blogs; a intenção é o reencontro, saber por onde andam velhos companheiros de caserna, na esperança de retornar no tempo através da memória.

Em pé: Cb. Irapuan; Cb. Dario; Cb. Bittencourt; Cb. Azevedo; Cb. S. Gandon; 
Sgt. N. Gandon (hoje Capitão); Cb. Selmo (hoje Sgt) e, agachados: Cb. Brandolf; 
Cb. Dionísio (hoje Sgt) e Cb. Mative.

Uma viagem realizada neste mês, à Porto Alegre, possibilitou-nos um grande reencontro com velhos companheiros do 18º R.I., na praia de Albatroz, que teve como anfitrião o velho e querido Cb. Dario. Lá estavam Cb. Bittencourt, Cb. Mative, Cb. Azevedo, Cb. Brandolf. Cb. Dario, Cb. Sidnei Gandon, Cb. Selmo (hoje Sgt reformado), Cb. Irapuan, Cb Dionísio (hoje Sgt reformado) e Sgt Nelson Gandon (hoje Capitão reformado). 


Já programamos outras festividades e esperamos o comparecimento de mais companheiros que um dia vestiram a farda verde oliva.


A lembrança é o repositório da história, a história existencial e a história de cada ser que transita neste mundo.

Os reencontros vêm acontecendo e eu agradeço muito àqueles que nos informam sobre um ou outro dos velhos companheiros da vida militar pois assim nossa história cria vida.


Foi dessa forma, através de informações, que encontrei o filho do Cb. Adão Renato e pude saber que o velho companheiro do 9º R.C.B., de São Gabriel, para onde fui transferido, dando continuidade a minha vida militar, se encontra hoje em João Pessoa, já reformado, como sargento. Também, através da internet, comunicar-me com o irmão do Cb Dias e 
poder escrever-lhe, são acontecimentos de rara felicidade que nos remete ao passado trazendo alegria.



Juntamente com boas notícias, algumas tristezas; infelizmente o soldado Martins, nosso companheiro de Pelotar do 18º R.I., que chegou ao posto de Capitão, partiu de forma inesperada e abrupta. Mas, assim é nossa existência; caminhamos...

Cbs. Dario, Irapuan e Selmo.
Reencontrar os Cbs. Dario, Gandon e Selmo, hoje reformado como sargento, infantes dos bons tempos, foi de uma alegria ímpar. Saber que o Cb. Dionísio, também reformado como sargento, é um ermitão da praia e motociclista do asfalto; que o Cb. Mative é cantor nativista; que o Cb. Bittencourt é um empresário de sucesso em Torres; que o Cb Brandolf continua sendo um grande Mestre do Karatê; que o Cb. Azevedo trilhou o caminho da comunicação, alegrou-nos muitíssimo.

Foi um tempo de vida, vivido na Caserna, entre o 1º/18º RI, QG da 6ª DI, 11ª Cia Com e o 9º RCB; de 1968 a 1973, e que permanecerá alimentando nossa memória.

Mas, insisto, onde andarão os velhos companheiros de Caserna?


Cb. Dias; Cb. Rondon; Cb. Carlos; Cb. Adão Renato (Adão Renato Pons do Couto); Cb. Jacobsen; Cb. Maciel (Antonio Carlos Souto Maciel); Cb. Dario (Dario da Silva Silveira); Cb. Gandon (Sidnei Gandon); Cb. Carvalho; Cb. Gomes; Cb. Brandolf; Cb. Azevedo; Sd. Getúlio; Sgt. Odracir; Sgt. Lima; Sgt. Flávio; Sgt. Lydio; Sgt Salinhac; Ten. Adel; Ten. Porciúncula; Ten. Correia Lima; Ten. Messias; Ten. Sparta; Cap. Cordeiro (Fernando Vilhena Cordeiro); Cap. Caggiano (João Francisco Caggiano Neto); Ten. Estrázulas; Ten. Clézio; Major Índio; Cel. Magalhães; Cel. Sharnadoff (Harry Alberto Sharnadoff); Ten Cel. Ney (Ney Lauro Nunes de Carvalho); Cel. Jacobina (Alberto Bayard Pereira Jacobina); Cap. Brocardo (Odone Silvio Viero Brocardo); Major Léo; Major Salgado; Cap. Assis; Ten. Carvalho; Ten. Marloi; Ten. Bittencourt; Ten. Amodeo (Salvador Amodeo); Ten. Fernando; Ten. Cavalinho; Sgt. Adailton; Sgt. Calvi; Sgt. Odone; Sgt. Valério; Sgt. Salgado; Ten. Marder; Cb. Valmor; Sd. Aquiles (Aquiles Eder); Sd. Gayer (Omar Gayer); Ten. Vicente (João Vicente Vitola); Ten. Guedes; Cap. Del’Olmo (Florisbal Del'Olmo); Ten. Macy; Cb. Cambraia; Cb. Portela; Cb. Tavares; Ten.Cabecita; Cb. Rudenir (Rudenir Meireles Cunha - Rudy Meireles); Cb. Mative (Otacílio Mative); Ten. Amorim (Rui Amorim de Lima); Ten. Byron (Paulo Byron de Oliveira Soares Filho); Cb. Teixeira; Cb. Bombardeli; Cb. Martins; Cb. Bittencourt; Sd. Osório; Sd. Nélio; Cb. Santa Maria; Sgt. Gandon (Nelson Gandon); Sgt. Cícero; Gen. Borges Fortes (Breno Borges Fortes); Gen. Mourão; Gen. Mena Barreto; Sd. Tolentino; Sd. Edgar; Sd. Pereira; Sd. Laudelino; Cb. Claudiomar; Cb. Beltrão; Cb. Valiatti; Ten. Cesar; Ten. Sávio; Ten. Élcio e os alunos da 11ª Cia. Com. CFC 1969, Cb. Bonemar, Elso, Silveira; Sds. Leonardo, Tolfo, Siega, Costa, Bittencourt, Prates, Assis e tantos outros que as imagens são presentes, mas os nomes se perderam pelo acúmulo de informações em nossa memória.


Claro que, à distância, eu soube das promoções; das reformas; de algumas mudanças de carreira, assim como, inevitavelmente, de alguns que já se despediram da vida; mas o trânsito no mundo exige-nos o caminhar constante.

Cada um daqueles que um dia se encontraram tem o seu mundo e o faz a cada instante, pois a existência é feita também da materialidade, com suas competições e a permanente busca por ascensão social; por esta razão meus feitos não ficaram estagnados, mas, infelizmente, distanciaram-me de muitos daqueles com quem um dia convivi.

Os nomes fazem parte da lembrança que celebramos durante um instante do tempo existencial e nos apontam o significado de Ser com o Outro. Essa identidade materializa a memória e a faz viva em nova perspectiva revivendo o passado cristalizado no tempo.

Seriam necessárias várias páginas para ser fiel a todos os que participaram e ainda participam da vida de alguém; no meu caso eu deveria acrescentar colegas de profissões, como os professores; colegas de atividades, como os de parlamento; colegas das universidades e faculdades e os amigos; estes poucos, muito poucos. Mas pensei que os meus 18 anos seria um marco referencial e por isso enumerei os companheiros da caserna, de um instante de tempo que somou mais de cinco anos. Propositalmente os nomes não estão em ordem de hierarquia e muito menos divididos por unidade militar, pois todos eles de um tempo e outro, com divisas, sem divisas ou com estrelas gemadas ou não, foram seres humanos de um interregno do meu tempo existencial.

Onde andarão?


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

MÁGOA

A mágoa talvez seja inimiga da reconciliação. Pessoas que um dia estiveram juntas e, por divergências existenciais, daquelas em que o foco da vida é visto através de ângulos diferentes, podem cultivar resíduos sentimentais que chegam a cegar o olhar, criando uma nuvem que ofusca até mesmo a visão do bem comum.

O fato de estar em desacordo sentimental, entre os pares, não deveria significar que as arestas não resolvidas continuassem a interagir entre ambos ao ponto de gerar conflitos em terceiros.

É o caso de pais que resolveram por decisão própria, ou por acidente de percurso, gerar um filho e, depois, concluíram que seus caminhos nunca foram trilhados pela mesma estrada.

Quando, um e outro, agora no seu percurso próprio, continuar com a nuvem escura frente à fonte das suas interpretações, seja ela de cunho social, da vida pragmática; seja ela de cunho existencial, da existência vivida, nunca descortinará a possibilidades de, ele próprio, ser feliz, pois a magoa impossibilitará toda forma de um viver pleno de satisfações.

Pior do que tudo isso  é levar, de roldão, àquele que, em sua vida espiritual, o escolheu para possibilitar-lhe a vida terrena.

Olhar para dentro de si e colher o fruto da bondade, compreensão e do amor incondicional é tarefa imediata que toda e qualquer pessoa nessa situação deveria se propor.

É importante colocar-se em alteridade; eu sou eu e o outro é como eu. Eu sou sujeito e o outro é, também, sujeito. Não existe objeto nessa relação, embora quase que a totalidade dos seres-humanos continuem agido como se assim fosse.

Ab imo pectore!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SEMANA FARROUPILHA


A Semana Farroupilha foi aberta oficialmente no sábado, dia 7, no Parque Farroupilha em Porto Alegre e se estende até o dia 20, "Dia do Gaúcho".

Representantes do Movimento Tradicionalista Gaúcho fundiram a Chama Crioula, símbolo da festa mais gaúcha do Rio Grande do Sul, à Pira da Pátria. 

A cavalo, o grupo seguiu até o Acampamento Farroupilha, no Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho, dando início aos festejos a partir das 18h. (Fonte: G1).


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

VERGONHA!




Sinto vergonha de mim, por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade, e por ver este povo já chamado varonil, enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim, por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o ‘eu’ feliz a qualquer custo, buscando a tal ‘felicidade’ em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos ‘floreios’ para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre ‘contestar’, voltar atrás e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer…



Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor, ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo!

‘De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude. A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto’.

Rui Barbosa.




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

ONDE ANDARÃO?

Há vários anos venho republicando este texto em meus blogs; a intenção é o reencontro, saber por andam andam velhos companheiros de caserna, na esperança de retornar no tempo através da memória.


Dario, Irapuan, Selmo
Os comentários abaixo mostram que a lembrança é o repositório da história, a história existencial e a história de cada ser que transita neste mundo.

A felicidade é que o reencontro vem acontecendo e eu agradeço muito àqueles que nos informam sobre um ou outro dos velhos companheiros da vida militar. 

Foi assim que encontrei o filho do Cb. Adão Renato e pude saber que o velho companheiro da vida militar se encontra em João Pessoa, já reformado, como sargento, Assim também foi que recebi notícias boas e, outras, não tão boas assim. 

Saber que o soldado Martins, do Pelotar do 18º R.I. chegou ao posto de capitão foi alegria; saber da sua partida inesperada e abrupta uma grande tristeza. Mas, assim é nosso tempo histórico; caminhamos...

Receber notícias do Cb. Dias e poder escrever-lhe; reencontrar os Cbs. Dario, Gandon e Selmo, hoje reformado como sargento, infantes dos bons tempos, foi de uma alegria ímpar. Saber que o Cb. Dionísio, também reformado como sargento, é um ermitão da praia e motociclista do asfalto da-nos alegria.

Foi um tempo de vida, vivido na Caserna, entre o 1º/18º RI, QG da 6ª DI, 11ª Cia Com e o 9º RCB; de 1968 a 1973, e que permanecerá alimentando nossa memória.

Mas, insisto, onde andarão os velhos companheiros de Caserna?

Uma viagem programada para este mês vai nos possibilitar mais alguns reencontros e estamos alegres por essa possibilidade.

C'est la vie!

Onde andarão...

Cb. Dias; Cb. Rondon; Cb. Carlos; Cb. Adão Renato (Adão Renato Pons do Couto); Cb. Jacobsen; Cb. Maciel (Antonio Carlos Souto Maciel); Cb. Dario; Cb. Gandon; Cb. Carvalho; Sgt. Odracir; Sgt. Lima; Sgt. Flávio; Ten. Adel; Ten. Porciúncula; Ten. Correia Lima; Ten. Messias; Ten. Sparta; Cap. Cordeiro; Cap. Caggiano; Ten. Estrázulas; Ten. Clézio; Major Índio; Cel. Magalhães; Cel. Sharnadoff (Harry Sharnadoff); Ten Cel. Ney (Ney Lauro Nunes de Carvalho); Cel. Jacobina (Alberto Bayard Pereira Jacobina); Cap. Brocardo (Odone Silvio Viero Brocardo); Major Léo; Major Salgado; Cap. Assis; Ten. Carvalho; Ten. Marloi; Ten. Bittencourt; Ten. Amodeo; Ten. Fernando; Ten. Cavalinho; Sgt. Adailton; Sgt. Calvi; Sgt. Odone; Sgt. Valério; Sgt. Salgado; Ten. Marder; Cb. Valmor; Sd. Aquiles (Aquiles Eder); Sd. Gayer (Omar Gayer); Ten. Vicente (João Vicente Vitola); Ten. Guedes; Cap. Del’Olmo (Florisbal Del'Olmo); Ten. Macy; Cb. Cambraia; Cb. Portela; Cb. Tavares; Ten.Cabecita; Cb. Rudenir (Rudenir Meireles Cunha - Rudy Meireles); Ten. Amorim; Ten. Byron (Paulo Byron de Oliveira Soares Filho); Cb. Teixeira; Cb. Bombardeli; Cb. Martins; Cb. Bittencourt; Sd. Osório; Sd. Nélio; Cb. Santa Maria; Sgt. Gandon; Sgt. Cícero; Gen. Borges Fortes (Breno Borges Fortes); Gen. Mourão; Gen. Mena Barreto; Sd. Tolentino; Ten. Cesar; Ten. Sávio; Ten. Élcio e os alunos da 11ª Cia. Com. CFC 1969 Cb. Bonemar, Elso, Silveira; Sds. Leonardo, Tolfo, Siega, Costa, Bittencourt, Prates, Assis e tantos outros que as imagens são presentes, mas os nomes se perderam pelo acúmulo de informações em nossa memória?

Claro que à distância eu soube das promoções; das reformas; de algumas mudanças de carreira, assim como, inevitavelmente, de alguns que já se despediram da vida; mas o trânsito no mundo exige-nos o caminhar constante.

Cada um daqueles que um dia se encontraram tem o seu mundo e o faz a cada instante, pois a existência é feita também da materialidade, com suas competições e a permanente busca por ascensão social; por esta razão meus feitos não ficaram estagnados, mas distanciaram-me de muitos daqueles com quem um dia convivi.

Os nomes fazem parte da lembrança que celebramos durante um instante do tempo existencial e nos apontam o significado de Ser com o Outro. Essa identidade materializa a memória e a faz viva em nova perspectiva revivendo o passado cristalizado no tempo.


Seriam necessárias várias páginas para ser fiel a todos os que participaram e ainda participam da vida de alguém; no meu caso eu deveria acrescentar colegas de profissões, como os professores; colegas de atividades, como os de parlamento; colegas das universidades e faculdades e os amigos; estes poucos, muito poucos. Mas pensei que os meus 18 anos seria um marco referencial e por isso enumerei os companheiros da caserna, de um instante de tempo que somou mais de cinco anos. Propositalmente os nomes não estão em ordem de hierarquia e muito menos divididos por unidade militar, pois todos eles de um tempo e outro, com divisas, sem divisas ou com estrelas gemadas ou não foram seres humanos de um interregno do meu tempo existencial.

Priscila Mondschein disse...
Às vezes eu também me pergunto por onde andam algumas pessoas que já passaram pela minha vida, e fico esperando que outras voltem, que nossos caminhos se cruzem novamente. São tantas vidas, tantos caminhos, que não há como planejar, o jeito é esperar... se tiverem que voltar, elas voltam!

Beijo!
JOVV disse...
Caro Prof. não fomos colegas no 18, pois a minha turma é de 71. Daí que conheci muitos dos elencados aqui, mas não todos. Creio que nos conhecemos somente na ULBRA,onde lecionei Direito Notarial para as primeiras turmas, no tempo do Prof. Schoroeder. Acho que o senhor também lecionou lá na época. Voltando ao 18 estive em Sapucaia nas comemorações dos 100 anos do Batalhão Arranca Toco. E, outro dia jantei com o seu comandante atual e com Cel. que comandou o batalhão, estando presentes outros que também passaram por lá. Um grande abraço de infante JOSÈ OSNIR - jovaz@portoweb.com.br ou A VERSÃO DO ESCORPIÃO
Prof. Irapuan Teixeira disse...
Prezado José Osnir, bom tê-lo aqui no Blog. Fico alegre ao saber dos tempos de outrora, nos doces 18 anos de vida; no velho Arranca Toco. Assim como, também, guardo lembranças da ULBRA, menos doces, pois os tempos mudam. Lembro do Prof. Schoroeder e de muitos outros colegas daquela universidade. Espero um dia conversarmos pessoalmente para revivermos tempos de outrora. Abraços.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

VOU INVADIR TUA CASA!

Duas análises importantes, de reflexão necessária e urgente, se faz neste momento histórico. 

Primeiro analisarmos a forma como os Estados Unidos invadem países que dizem, os norte-americanos, estão descumprindo acordos internacionais, seja em função da produção de armas químicas, desenvolvimento da bomba atômica ou com relação aos propalados direitos humanos.


Não é novidade que os Estados Unidos sempre está na dianteira para comandar essas invasões e que, sempre ele, não permite qualquer vistoria em seu território sobre seu arsenal de guerra ou sobre violação de direitos. Por que será?

É também de domínio público que àquele país, tido como o mais democrático e, certamente, o mais preparado para uma guerra, não esconde de ninguém que independente de qualquer acordo, eles, os Estados Unidos, bisbilhotam a vida dos seus cidadãos e a vida de qualquer cidadão em qualquer parte do mundo; assim como invadem o território nacional de qualquer país, amigo ou inimigo, através dos meios tecnológicos mais avançados da história bélica. 

Os Estados Unidos podem ter arsenal químico, bomba atômica, arsenal de guerra biológica; descumprir acordos internacionais; violentar a vida do cidadão norte-americano e desconhecer qualquer tentativa de reivindicar direitos humanos sem que, ninguém, ninguém em qualquer parte do mundo, possa falar qualquer coisa. E, arrisque-se a falar!

Portanto, toda a boataria e a falação feita através da internet ou através de falastrões de países de terceiro mundo é mera perda de tempo!

Perdemos tempo divagando contra uma nação que tem poder para destruir qualquer outra, somente não o faz por conveniência própria; e quando lhe é conveniente, faz! E faz com apoio de seus asseclas, que a ele se curvam a todo instante, sejam da América, sejam da Europa; e mesmo àqueles da Ásia, que se dizem rivais, são-lhes servis quando conveniente ou quando vêem que poderão ser superados e que a escaramuça lhes trará mais prejuízos do que ganhos.

É o caso da Rússia! Hora se exalta com medidas tomadas pelos norte-americanos; hora se acovarda perante uma ação mais enérgica dos governantes do "tio sam".

Hu Jintao Xi - Presidente da China
Não foi divulgada qualquer notícia que nos apresente uma voz dissonante de parte da China; Hu Jintao Xi, o presidente daquele país, mantem a calma frente aos Estados Unidos e, parece, não quer belicosidades, mesmo observando o comportamento imperialista dos norte-americanos e as invasões recentes feitas em países com poder bélico irrisório e por conta de informações desastrosamente mentirosas e premeditadas, justamente para que se desse a invasão.

Entretanto, a quietude chinesa tem um motivo: melhor se preparar para a guerra do que anunciar seu poderio ao inimigo! Ou seja, são como mineiros; na quietude trabalham.

Para alargar o conhecimento e dispor de informação precisa, saibamos que, a China, recentemente, no ano de 2012, já colocou em águas salgadas seu primeiro porta aviões, o que pode ser conferido no site News China neste link >: (http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-19710040.) 

Novo porta aviões Chinês
Esse fato, ou feito, somam-se à uma ordem dada aos militares chineses por ninguém mais do que Hu Jintao Xi, o seu presidente, que exortou sua marinha: "acelerar a sua transformação e modernização de uma forma vigorosa e fazer preparativos extensos para o combate militar com a finalidade de fazer contribuições maiores para garantir a segurança nacional". Traduzindo em miúdos: Preparem-se para a guerra!


A possibilidade de uma guerra, que se estenda à todo o mundo, certamente sera desencadeada a partir do Oriente Médio (o que não é novidade) para o Pacífico, e ao longo de diferentes regiões e zonas.

Pois,  à quem interessar possa, e a quem de direito, seguindo um raciocínio histórico e a partir das observações irrefutáveis que se tem feito, não é de estranhar acontecimentos como a guerra do Iraque e a invasão ao Afeganistão. 

A morte de Osama Bin Ladem, numa clara invasão da soberania nacional de outro país; a morte de Sadam Hussein, numa Guerra covarde e premeditada e a de Muhamar Kadafi, em outra das tantas armações norte-americanas demonstram o quanto àquele país tem poder além das suas fronteiras e a qualquer momento faz o que achar que tem que ser feito para preservar sua segurança e manter sigilo sobre sua ações nada democráticas, que extrapolam inclusive as fronteiras sob sua jurisdição, invadindo e massacrando qualquer país, governante ou líder que queira tolher seus movimentos. Não é de se admirar que todas as três mortes relatadas são de ex-integrantes, ou ex-agentes, da Cia norte-americana.

Nada fica preso na garganta de um presidente norte-americano; seja ele o inexpressivo George W. Bush, o vistoso Bill Clinton ou o negro, também vistoso, Barack Obama.

Esse sucesso bélico contra o mundo inteiro, feito de forma sorrateira e utilizando-se de meios covardes e sem qualquer ética, aponta-nos o caminho por onde transita a traição e a mentira com vistas à soberania mundial e o domínio de todas as nações por um único povo. O plano esta se concretizando e a perpetuação de uma mágoa forjada e sem dados científicos com embasamento lógico demonstra o quanto o ardil foi bem planejado desde o seu primeiro momento. E os Estados Unidos tem sido o guardião e, o inocente útil, para esse controle sobre o mundo.

A segunda análise que se faz urgente, é como essas invasões são forjadas, através do poderia bélico, e se legitimam com a força do marketing e o auxílio da mídia, muitas dominadas e, outras, repetidoras ingênuas das mentiras programadas.

Comecemos por uma frase que se alastrou pelo mundo de forma anônima, mas que sempre foi uma verdade irrefutável: "Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade" (Autor: Goebells, sem comentários).

Operação Osama Bin Laden - Hylary Clinton e a expressão de culpa
A mentira sobre armas nucleares no Iraque foi tão verdadeira que o mundo todo comemorou a morte de Saddam Hussein. A mentira sobre a derrubada das torres gêmeas foi tão bem engendrada que Osama Bin Laden só teve o pesar estampado no rosto de  Hilary Clinton, então Secretária de Estado norte-americana.

A culpa estampada no rosto da mulher mais poderosa do mundo depois do presidente Barack Obama nos faz voltar no tempo e pensar a respeito da mentira engendrada pelo ex-presidente George W. Bush e seus ministros sobre o ataque às torres gêmeas.

Os Estados Unidos já vociferou a plenos pulmões à quem quiser ouvir: "Botas no terreno!". Que os surdos fiquem de sobre-aviso uma vez que tampouco com eles os norte-americanos estão se importando. As botas estarão no terreno da casa alheia, novamente, em pouco tempo, e, se não ficarmos atentos, em breve dentro da nossa própria casa. Se é que teremos a possibilidade de evitar que isso aconteça.

À quem interessar possa, e saiba ler nas entrelinhas, a notícia sobre 'botas no terreno" e seu desmentido, soa como alguma coisa à mais, senão leiamos, com mais atenção, essa notícia publicada em Washington, pela Reuters, e que está nos sites de todo o mundo: (http://noticias.br.msn.com/kerry-sinaliza-possibilidade-de-enviar-tropas-%C3%A0-s%C3%ADria-mas-depois-recua

Botas no terreno! 

Vou invadir tua casa!

E já começaram!

A motivação para acabar com o Iraque teve como desculpa as "armas de destruição maciça", forma genérica para denominar "desculpa para invadir país alheio", e acabar com o ex-aliado Saddam Hussein. 
Sérgio Vieira de Mello
Faço aqui um preambulo para homenagear um brasileiro, pois àquela guerra custou-lhe a vida: Sérgio Vieira de Mello, um grande brasileiro, homem de experiência em sua profissão, dedicado, profissional de altíssima capacidade e responsável pelos acordos de paz entre nações sempre que fora solicitado pela ONU a faze-los. Meu colega de escolha profissional, uma vez que estudou filosofia, se graduando, cursando com êxito o Mestrado e o Doutorado, obtendo essa última titulação na Universidade de Paris I - no Panthéon-Sorbonne, onde caminhei, talvez, pelos mesmos espaços em que ele exaustivamente transitou fazendo seus planejamentos acadêmicos. Sérgio faleceu em Bagdá, por conta da explosão de um caminhão bomba, até hoje uma situação não esclarecida e que os norte-americanos insistem na responsabilidade da rede Al Qaeda, o que por si só já gera dúvidas. Existem vários depoimentos que afirmam que o atentado foi dirigido com a finalidade de eliminar o brasileiro. Certamente ele seria o sucessor na Secretaria Geral da ONU, dando muito dor de cabeça aos interessados na belicosidade e em desfavor da paz. 

Falecido em 19 de agosto de 2003, no Iraque, as manifestações de pesar continuaram por muitos dias nas casas legislativas do país. Quando assomei à Tribuna do Congresso Nacional, em 22 de agosto, ao final do meu discurso no expediente daquela manhã, também lamentei a morte do Embaixador brasileiro: 

"Sr. Presidente, ao lamentar a morte do Embaixador Sérgio Vieira de Mello no Iraque, lembro aos Parlamentares e à sociedade que isso ocorre há muito tempo, desde a época em que um brasileiro, pracinha de Suez, foi morto defendendo a paz. Não podemos compactuar com isso. Quero me unir aos Parlamentares que lamentam a morte do Embaixador brasileiro."(http://www.camara.leg.br/internet/SitaqWeb/TextoHTML.asp?etapa=5&nuSessao=151.1.52.O&nuQuarto=7&nuOrador=1&nuInsercao=0&dtHorarioQuarto=09:12&sgFaseSessao=PE&Data=22/08/2003&txApelido=PROFESSOR%20IRAPUAN%20TEIXEIRA,%20PRONA-SP

Assim como invadiram o Iraque, à sorrelfa, os norte-americanos, leia-se: seus governantes, criam disfarces de cordeiro para esconderem as intenções de lobo que movem suas ações.

Sem adentar-me aos mais baixos meios já utilizados para anular um "inimigo", como o fizeram, também, na Líbia, ao massacrarem o povo duas vezes com a desculpa de eliminar um "inimigo do mundo", o General  Muammar Abu Minyar al-Gaddafi, apresento um dado relevante que talvez tenha sido um dos motivos pelos quais os norte-americanos o capturassem e o levassem à morte através dos meios mais vis, dissimulando e ocultando a verdadeira identidade dos assassinos: eles mesmo. 

Durante o governo de al-Gaddafi, ou Kadafi, a Líbia teve um forte crescimento econômico, mesmo tendo sido abalada por sanções econômicas impostas pelo ocidente; as enormes rendas do petróleo deu àquele governante a possibilidade de sustentar vários programas sociais, levando a Líbia ao maior índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente africano; aumentou a participação das mulheres na vida pública e deu mais direitos aos negros. Durante o governo de Kadafi a Líbia teve a menor dívida pública do mundo.

Tinha que ser eliminado!

Voltemos nossa atenção, agora, para diante de nossos narizes e façamos um esforço com nossos neurônios analisando certos acontecimentos sem impormos a condição emocional e sim, apenas, nossa reacionalidade.

O poderia bélico dos Estado Unidos é indiscutível, e inatacável. Nada os demove de uma ideia, quando se trata de atacar outro país e os aniquilar. Como desculpa cria situações que possam justificar a atitude belicosa. Seja àquela em que imputa aos países julgados como inimigo a chancela de serem terroristas, possuírem armas químicas e de extermínio em massa; seja àquela em que interveem para promover a paz e defender os direitos humanos que, por suposição deles próprios, e através de infiltrações que eles mesmos criam, justifiquem a sanção ou intervenção.

Foi assim com o Iraque; com a Líbia; com a tentativa de invadir o Iran que, cautelosamente, foi adiada e assim está sendo com a Síria.

Começou com a denominação dos acontecimentos internos daquele país. Primeiro uma revolta, depois uma revolução. Recentemente apelidaram de conflito interno. Mas o que importa é que tudo isso começou com uma série de grandes protestos populares e progrediu para uma revolta armada, influenciados por outros protestos disseminados, simultaneamente, pelo mundo árabe.

A mídia encarregou-se de alardear que as manifestações populares eram por mudanças políticas, desencadeadas de uma forma "sem precedentes"; ao mesmo tempo uma outra ala apressou-se em informar que lutam para destituir o presidente em prol de uma liderança democrática. O governo detecta o foco e informa que combate a terroristas armados infiltrados e que visam desestabilizar o país.

Fico com a versão do governo Sírio, embora não compactue com qualquer ato impositivo contra o povo de uma nação. Em se comprovando tal atitude é justa a luta de um povo. 

Mas, tenhamos cautela, aos incautos uma guilhotina bem afiada servirá para lhes tolher a vida. Não só governantes do próprio país querem nossas cabeças. Elas estão a prêmio desde que satisfaça aos interesses do expansionismo econômico, social, ideológico, territorial, de matéria prima não renováveis, como o petróleo e florestas nativas, e demais matérias primas de subsolo, que o Brasil tem para "dar" e vender, mas que já estão nos roubando.

Assim, concluindo este raciocínio em duas pequenas análises, o foco do expansionismo extra-territorial daqueles que se têm como donos do mundo chegou ao Brasil.

Nossas florestas são cobiçadas desde há muito tempo; ainda conservamos a possibilidade da existência de petróleo dentro das 200 milhas de nosso mar territorial; o sub solo brasileiro é o mais rico do mundo, embora esteja sendo roubado desavergonhadamente com a tolerância do próprio governo de nosso país que, sem qualquer sombra de dúvida, tem seu quinhão pessoal em tudo isso. Nossos políticos são os mais vendáveis do planeta e nosso povo insiste em tê-los como seus representantes. Ainda somos analfabetos politicamente, pois insistimos em trocar mandatos por benesses; acreditamos piamente que levar "vantagem em tudo" é jeitinho brasileiro e que essa ação é lícita; chamamos nossos representantes de ladrões mas aceitamos cargos deles mesmos e ainda compactuamos com os roubos desde que tenhamos um quinhão; vamos às ruas protestar sem saber o que reivindicamos; atuamos como inocentes úteis e teimamos em acreditar nas redes sociais que nos instigam sem justificativas plausíveis. Atentamos contra a pátria e o nacionalismo instigados pelos inimigos do país e acreditamos estar defendendo nossos interesses. Aceitamos vândalos como intermediários de nossos interesses, como se a destruição do patrimônio público fosse sinônimo de reivindicações. Em breve estaremos aceitamos lideranças externas, que se proporão a derrubar o governo em prol da liberdade do povo; a reação do poder instituído não será outra: o confronto. Isso significará um acinte à nossa liberdade de expressão e o caos estará instalado.

É bom pensar; pensar muito antes de agir ou de delegar seu poder àqueles que se apresentam como líderes em defesa dos seus direitos.

Em breve poderão invadir tua casa! 

domingo, 1 de setembro de 2013

A INTERNET

A internet é perda de tempo e serve apenas para um "relax" àqueles que têm a necessidade da catarse. Eivada de bobagens e histerias coletivas; multifacetada de notícias falsas, plantadas por interesses escusos, serve à manipulação dos incautos e como meio ultra-rápido de conduzir o pensamento à um mesmo tom, como vozes em uníssono. 

O esforço feito para mostrar a possibilidade de uma verdade é infrutífero e causa exaustão pela quantidade de má fé em postagens dissonantes; não se consegue ler uma réplica consistente, deixando no vazio, pela quantidade de besteiras postadas, o teor argumentativo e a base principal de um debate. As informações falsas e as ideologias dominantes aprisionam a verossimilhança e enclausuram a liberdade da palavra, tornando toda possibilidade em uma mesmice. A falsidade, pela contínua divulgação, dá razão à teoria fundamental do trabalho de Paul Joseph Goebbels: "uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdade!" Enfim, a internet, com suas garras espalhadas em cada recanto do mundo globalizou o pensamento, alijando-o da liberdade e sufocando-o na clausura das suas páginas sociais, sites de relacionamento e tantas outras armadilhas. 

Estamos vivenciando o Big Brother; ninguém escapa à vigilância do grande irmão, como disse George Orwell, em 1949, ano em que nasci, no seu romance 1984, com antevisão em um futuro perigosamente próximo.

La liberté de pensée!