sábado, 31 de agosto de 2013

Julian Lennon - Saltwater; semelhança com o pai é incrível!

sábado, 24 de agosto de 2013

BRASIL FINANCIA CUBA E ASSUME A DÍVIDA DA VENEZUELA:

Dilma Roussef fechou acordo com em nome do Brasil com o irmão de Fidel Castro para financiar as dívidas de Cuba e restaurar os ganhos que a ilha recebia da Venezuela na era de Chaves.

Reportagem sobre deserção de médicos cubanos
O presidente Raul Castro, de Cuba, assinou o projeto MAIS MÉDICOS com o Brasil para financiar as dívidas de Cuba e recompor os ganhos que a ilha recebia da Venezuela quando o presidente Hugo Chaves era o presidente. 

Com um rombo em suas finanças o irmão de Fidel Castro lançou mão da sua amizade com a presidente do Brasil e o presidente ad hoc de nosso país, o sr. Luiz Inácio, através de um projeto que escravidão em que cidadãos daquele país irão trabalhar no Brasil de Graça.

A importância desse projeto para Cuba é que, além de receber milhões de dólares do Brasil, através de um projeto inconstitucional e do contrabando de pessoas, escravizando-as em nosso país, também poderá desenvolver seu projeto ideológico de forma semi-oficial, uma vez que "introduzirá" elementos com alta formação socialista e comunista em nosso país disfarçados de médicos de família.

Dilma recebe presente do presidente da Venezuela
Por sua vez o lucro de Dilma, Lula e do PT será que esses "médicos" ideólogos comunistas espalharão nas periferias e municípios do interior uma falsa e claríssima ilusão: a de que estarão beneficiando as pessoas mais necessitadas do Brasil.

Esse pseudo auxílio à população tem por objetivo criar nessa população carente a expectativa de que o PT, Dilma e Lula se preocupam com os pobres. A verdadeira intenção é politiqueira e visa às próximas eleições.

Com uma oposição frágil e composta de politiqueiros da mesma espécie o Brasil caminha para o caos e a nação para a total decadência moral, ética, ideológica, social; sem possibilidade de um reerguimento em tempo hábil para se recompor nas próximas décadas.

O PT, Dilma e Lula, de comum acordo com Cuba e seus parceiros ideológicos conseguirão, assim, implantar um sistema falido em todo o mundo no País mais próspero dos últimos tempos.

A realidade de Cuba: Loja.
Essa articulação esquerdista é tão perfeita, e seus membros tão competentes, que disfarçam com seus seguidores através de paralisações, passeatas e atos públicos com o objetico de criar uma nuvem de fumaça entre a verdade e a ilusão.

Paralelamente instalam uma comissão da verdade para denegrir mais ainda uma época de recomposição da pátria e da nação e aproveitam para, através de protestos rigorosamente planejados por marqueteiros estrangeiros, tolher os verdadeiros anseios do povo e colocar na lama a imagem das religiões, da família, do cidadão de bem, do  trabalhador, das Forças Armadas, dos profissionais (enganando-os com falsos projetos e falsos vetos à PLs); além de "acabar" com a ética e a moral, lançando no fundo do poço da baderna e da pornografia os bons costumes e a educação.

O tempos vos dirá da minha certeza!

Per hoc tempus!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

QUESTÃO DE CULTURA

James Franco
Enquanto no Brasil a ex-BBB 3, e hoje uma das estrelas do programa Pânico na Band largou os estudos universitários para subir aos palcos da fama, o mesmo não aconteceu com o maior astro norte-americano do momento, James Franco, que se matriculou na Universidade de Los Angeles em 2006, cursando Inglês com ênfase em escrita criativa. Desde então ele frequentou aulas na Universidade de Nova Iorque, na Faculdade Brooklyn e na Universidade de Columbia, e está estudando para dois doutorados em Yale e em Houston. Ele consegue conciliar isso tudo sendo um dos atores mais requisitados de Hollywood no momento.

Sabrina Sato
Sabrina Sato foi incentivada pelas colegas de faculdade a deixar os estudos e se "matricular" no Big Brother, uma opção que lhe rendeu os frutos de uma carreira pautada no seu perfil estético e sem qualquer preocupação com o "conteúdo" intelectual. 

Não foi assim o pensamento do astro de hollywood que, já com a carreira em desenvolvimento, deu mais valor à universidade do que à fama.

Uma questão de cultura! 



sábado, 17 de agosto de 2013

TEMPO EXISTENCIAL

Mas... se deixássemos de lado a preocupação com o tempo e a sua passagem, rápida ou não, veríamos que, na verdade, o tempo está aí, parado, a nos contemplar; quem passa somos nós, depressa ou não, dependendo de como estamos observando o mundo ou, de como estamos fazendo e nos fazendo no mundo, pois o homem ao mesmo tempo em que faz o mundo faz também sua própria existência nesse mundo.

Podemos fazer de nossa existência um simples estar aí; um estar no mundo, apenas. Ou podemos Ser no mundo e ao mesmo tempo em que fazemos o mundo nos fazermos no mundo sendo sujeito do ato de criação e nos lançando para a eternidade como construtores existenciais atemporais.



No son los muertos los que en dulce calma
la paz disfrutan de la tumba fría;
muertos son los que tienen muerta el alma
y viven todavía.

No son los muertos, no, los que reciben
rayos de luz en sus despojos yertos;
los que mueren con honra son los vivos,
los que viven sin honra son los muertos.

La vida no es la que vivimos,
la vida es el honor, es el recuerdo,
por eso hay muertos que en el mundo viven
y hombres que viven en el mundo, muertos. (*)

(*) Homenagem a Ricardo Palma, 1833/1919, político peruano, literato e também poeta. 



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MUNDO NOVO!

Neurocientistas de todo o mundo assinam manifesto reconhecendo consciência dos animais




Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade.

O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.

Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. “As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência”, diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito?
Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.

Quais animais têm consciência?
Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.

É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos?
Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.

Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência?
Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.

Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais?

Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.


Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais?

É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.


As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento?

Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.


O que pode mudar com o impacto dessa descoberta?

Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles
.

SÓ POR HOJE!


Hoje é comemorado o dia do nascimento de Mikao Usui, 15 de agosto de 1865; já se passaram 148 anos desde o início do trânsito existencial do redescobridor do Reiki. Um bom dia para o exercício dos cinco princípios. 

Só por hoje, não me preocupo; 
Só por hoje, não me irrito nem critico; 
Só por hoje, agradeço as minhas bençãos e sou humilde; 
Só por hoje, ganho a vida honestamente; 
Só por hoje, sou gentil e amável com todos os seres vivos.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

MÁGOAS

A mágoa talvez seja inimiga da reconciliação. Pessoas que um dia estiveram juntas e, por divergências existenciais, daquelas em que o foco da vida é visto através de ângulos diferentes, podem cultivar resíduos sentimentais que chegam a cegar o olhar, criando uma nuvem que ofusca até mesmo a visão do bem comum.

O fato de estar em desacordo sentimental, entre os pares, não deveria significar que as arestas não resolvidas continuassem a interagir entre ambos ao ponto de gerar conflitos em terceiros.

É o caso de pais que resolveram por decisão própria, ou por acidente de percurso, gerar um filho e, depois, concluíram que seus caminhos nunca foram trilhados pela mesma estrada.

Quando, um e outro, agora no seu percurso próprio, continuar com a nuvem escura frente à fonte das suas interpretações, seja ela de cunho social, da vida pragmática; seja ela de cunho existencial, da existência vivida, nunca descortinará a possibilidades de, ele próprio, ser feliz, pois a magoa impossibilitará toda forma de um viver pleno de satisfações.

Pior do que tudo isso  é levar, de roldão, àquele que, em sua vida espiritual, o escolheu para possibilitar-lhe a vida terrena.

Olhar para dentro de si e colher o fruto da bondade, compreensão e do amor incondicional é tarefa imediata que toda e qualquer pessoa nessa situação deveria se propor.

É importante colocar-se em alteridade; eu sou eu e o outro é como eu. Eu sou sujeito e o outro é, também, sujeito. Não existe objeto nessa relação, embora quase que a totalidade dos seres-humanos continuem agido como se assim fosse.

Ab imo pectore!

À minha filha Mariana: do fundo do meu coração!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

CÉU E INFERNO!

Vivemos em trânsito no mundo; isto é inegável! Entretanto quando conseguimos uma pausa para pensar sobre o próprio mundo, dispersamos nosso pensamento e o direcionamos apenas para o pragmatismo, sem dar atenção ao próprio mundo que vivemos. 

É necessário estabelecer, com clareza meridiana, que o mundo só é mundo enquanto o fizermos; aquilo que "está aí", diante de nós, a nossa mercê e para nosso gozo, só é porque existimos. Somos nós que fazemos o mundo, e nos fazemos no mundo. Uma dualidade inseparável! O homem é o sujeito nessa relação!

Ser sujeito, entretanto, não nos dá o poder de "mando", como nas ações hierárquicas estabelecidas pelas instituições e organizadas na sociedade. O sujeito, nesse caso, tem uma relação de inter-dependência com o mundo que, ao mesmo tempo em que abriga o sujeito, dele depende para continuar existindo. Por sua vez, o sujeito, ao fazer o mundo, se faz no próprio mundo, sendo que a existência de sujeito e mundo, só terá sentido nessa dualidade. Eu existo, o mundo existe! O mundo existe enquanto eu existir!

Portanto, o mundo está em nossas mãos; e, ao mesmo tempo, nós estamos nas mãos do mundo!

O homem, que também é dual, contém em si, agregado e indissolúvel, uma parcela do "Ser" e uma parcela do "ter". Essa parcela do "ter", agregada ao "Ser" do homem, é responsável pela afinidade com o pragmatismo do mundo. Sem ela talvez estivéssemos "no mundo da lua". O "ter" prende-nos, por afinidade, à matéria; enquanto o "Ser" possibilita-nos a reflexão sobre o sentido da existência no mundo. "Parar" para pensar sobre o mundo, pois, consiste em refletir sobre nós mesmos; dar uma pausa na caminhada sobre o mundo e caminhar sobre si-mesmo. Esse mergulho no "Ser" amplia horizontes, descobre caminhos, abre espaços, descortina mistérios e resolve problemas. Quiza, possibilita vislumbrar a eternidade.

Uma caminhada existencial que consiga manobrar as adversidades materiais, corrompidas que foram pelo pragmatismo exacerbado, conduz-nos a descortinar os mistérios do "Ser" e a descobrir os índices do bem e do mal, inerentes a cada um de nós e alojados na caixa de mistérios do ser humano.

Mergulhar no fundo de si-mesmo e enfrentar essa realidade é defrontar-se com o inferno e com o Céu que cada um tem dentro de si. Descobrir essa verdade é chegar ao limite do abismo e ter a possibilidade única da escolha! É ter o controle de si-mesmo! Agarrar nas mãos a existência e o destino! Conceber para si o poder único e inalienável da decisão!

Àquele que tiver coragem; controle sobre sua vida; conhecimento do seu caminho existencial, terá a chave do poder! Caberá a ele saber dominar e amordaçar o inferno dentro de si e libertar o Céu que habita seu universo interior.

Esse homem será livre!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

HORTAS COMUNITÁRIAS

Aproveitando uma publicação no Facebook, sobre hortas comunitárias na Inglaterra, republico abaixo uma matéria da Folha sobre essa atividade, também desenvolvida no Brasil. 

Seu Inácio Neres, 68, sai de casa, atravessa a rua e abre o portão baixo, improvisado com uma tela. No chão argiloso, cortado por dez canteiros cobertos por terra fofa, ele ergue o tecido que os protege e passa a meia hora seguinte regando mudas de alface, couve, coentro, pimenta...

Hortas urbanas

A cena parece descrever o cotidiano de uma cidade do interior, mas acontece toda manhã na Vila Nova Esperança, no limite de São Paulo com Taboão da Serra. E não é de todo estranha à metrópole.

Seu Inácio tem a companhia de gente que faz o mesmo na Pompeia, na Vila Beatriz, na Vila Industrial e até na avenida Paulista com a rua da Consolação.

Muitas regiões da cidade viram, nos últimos meses, moradores saírem de casa e tomarem para si praças e terrenos ociosos (alguns abandonados, outros da prefeitura) erguendo hortas comunitárias, nas quais qualquer um pode pôr a mão na terra.

É só chegar e ajudar a plantar. Ou colher e levar para casa -gratuitamente, sem preços inflacionados (como o caso recente do tomate).

De setembro do ano passado até hoje, seis espaços assim foram criados -quatro neste ano. Mais quatro devem ser inaugurados nos próximos meses: no Butantã, em Brasilândia, na Faculdade de Medicina da USP (em Pinheiros) e no Centro Cultural São Paulo (na Liberdade).

Plaquinhas na Horta das corujas, na Vila Beatriz, zona oeste de São Paulo.
Plaquinhas na horta das Corujas, na Vila Beatriz, zona oeste de São Paulo

HORTAS ABERTAS

Perto do encontro da avenida Paulista com a rua da Consolação, um canteiro de 30 m2quase não chama a atenção de quem circula por ali. Mas quem se detém e observa melhor percebe que o pequeno verde no meio do concreto guarda pés de alface, manjericão e até café.

A chamada praça do Ciclista, ponto de encontro de cicloativistas, passou a receber o cultivo de hortaliças em outubro passado. A rega é feita todas as tardes por seis voluntários, que se revezam na manutenção da horta, sem cercas protetoras, rodeada por vias entre as mais movimentadas da cidade.

Ainda assim, plantas sem viço -e uma sujeira aqui e ali- podem dar a impressão de certo ar de abandono.

Na horta do BNH, na Vila Madalena, as plantas são espalhadas por pontos dispersos na praça. A ausência de cercas permite que cachorros transitem por ali, livremente. O mesmo se observa na horta da Nascente, na Pompeia.

Além de receber ajuda em mutirões semanais, os voluntários fazem parte de um grupo que cuida de outras hortas comunitárias na cidade, os Hortelões Urbanos.

O grupo se formou pouco antes da criação da horta das Corujas, que ocupa 800 m2 da praça Dolores Ibarruri, na Vila Beatriz. Isolado do conglomerado urbano por árvores, o espaço é o mais bem organizado desse movimento.

Seus organizadores estão entre os poucos que estabeleceram um acordo, ainda que informal, com a subprefeitura e mantêm diálogo aberto com o poder público.

As demais hortas visitadas pela reportagem ainda não haviam estabelecido acordos com a prefeitura.

Antes de começar a plantar, os voluntários da horta das Corujas bancaram análises do solo e da água. E um documento define diretrizes para a manutenção.
Os canteiros foram protegidos por uma cerca baixa, para evitar a circulação de animais -mas sem cadeado, para que os interessados circulem livremente.

Karime Xavier/Folhapress
Horta das corujas, na Vila Beatriz, zona oeste de São Paulo.
A voluntária Claudia Visoni cuida da horta das Corujas
Uma placa informa regras como a proibição do cultivo de árvores frutíferas (propícias para a formação de arbustos) e as datas de mutirões.

O que é cultivado ali vai para a mesa de muita gente do bairro. "Nunca tinha comido um feijão que eu tinha plantado. Sentei para debulhar com a minha filha e foi muito gostoso", conta a jornalista Claudia Visoni, 47, uma das envolvidas na iniciativa.

A colheita não tem regras definidas, mas o dia a dia desses espaços leva a sério a ideia de comunitário.

Ainda que utensílios, mudas e adubo cheguem às vezes por meio de doações, são os próprios voluntários que se mobilizam para conseguir os materiais.

Além de produzir alimentos, essas hortas podem ter outros usos. Na da Vila Anglo, na Pompeia, os organizadores promovem oficinas de educação ambiental com crianças do bairro.

A COLHEITA É LIVRE

Em geral, a colheita nas hortas comunitárias de São Paulo é livre. Qualquer pessoa que encontrar algo maduro pode pegar, independentemente de ter colaborado com o cultivo, e sem restrições de quantidade.

Na maior parte das vezes, também não há data específica para a colheita. Nem mesmo os mutirões se concentram nessa etapa -priorizam a manutenção do espaço.

Em outros casos, porém, uma pessoa fica encarregada de recolher a safra e dividi-la.


Na horta da Vila Nova Esperança, a líder comunitária Lia de Souza distribui as hortaliças entre as famílias interessadas. O mesmo acontece no espaço da Vila Industrial, onde os responsáveis centralizam a distribuição.
Editoria de Arte/Folhapress