São tantos os absurdos cometidos pelo homem que o asco toma conta das pessoas que desejam refazer sua vida, melhorando a postura de seus sentimentos; alterando o perfil das suas atitudes; mudando a forma de agir; procurando ser mais bondoso, compreensivo, atencioso, benemerente.
O mundo perdeu o foco existencial e transforma-se, céleremente, em uma civilização robotizada, materialista, desumana. Perdidos na vasta extensão da libertinagem os homens que se dizem civilizados cometem as mais hediondas atrocidades, transitando dos crimes bárbaros aos vândalismos. Esquecidos de colocar um freio nas sandices apelam para o uso um do outro, como lobos de si mesmos, transformando-se em objetos; usando e sendo usados, indiscriminadamente, sem mais a capacidade racional de reconhecer essa sandice.
As pessoas não estão se dando conta do que acontece em sua volta; não mais enxergam, estão automatizadas, caminham pelo mundo como se não soubessem do que fazem. Os homens estão cegos para a vida, para a humanidade, para o legado existencial. Cometem as mais absurdas atrocidades com um viés de normalidade que assusta, horroriza, estarrece àquele que consegue, ainda, vislumbrar um ínfimo fio de ligação entre essa bandalheira horripilante que acontece à nossa volta e a divindade existencial que é o legado humano.
Quem deseja seguir o apelo e o conselho do seu "daymon" interior tem que, necessariamente, exilar-se desse mundo abjeto, transformar-se em um eremita, fugindo ao convívio chamado de "social".
Que esforço meu Deus (!) para superar esses obstáculos quase intransponíveis advindos do mundo dos homens!