terça-feira, 16 de junho de 2009

ONDE ANDARÃO?

(Um tempo de vida vivido na Caserna entre o 1º/18º RI, QG da 6ª DI, 11ª Cia Com e o 9º RCB de 1968 a 1973)
Onde andarão...

Cb. Dias; Cb. Rondon; Cb. Carlos; Cb. Adão Renato; Cb. Jacobsen; Cb. Maciel; Cb. Dario; Cb. Gandon; Cb. Carvalho; Sgt. Odracir; sgt. Lima; Sgt. Flávio; Ten. Adel; Ten. Porciúncula; Ten. Correia Lima; Ten. Messias; Ten. Sparta; Cap. Cordeiro; Cap. Caggiano; Ten. Estrázulas; Ten. Clézio; Major Índio; Cel. Magalhães; Cel. Harry Sharnadoff; Cel. Jacobina; Major Léo; Major Salgado; Cap. Assis; Ten. Carvalho; Ten. Marloi; Ten. Bittencourt; Ten. Amodeo; Ten. Fernando; Ten. Cavalinho; Sgt. Adailton; Sgt. Calvi; Sgt. Odone; Sgt. Valério; Sgt. Salgado; Ten. Marder; Cb. Valmor; Sd. Aquiles Eder; Sd. Omar Gayer; Ten. Vicente Vitola; Ten. Guedes; Capitão Florisbal Del’olmo; Ten. Macy; Cb. Cambraia; Cb. Tavares; Ten.Cabecita; Cb. Rudenir; Ten. Amorim; Ten. Byron; Cb. Teixeira; Cb. Bombardeli; Cb. Martins; Cb. Bittencourt; Sd. Osório; Sd. Nélio; Sgt. Gandon; Sgt. Cícero, Gen. Mourão, Gen. Mena Barreto, Sd. Assis; Sd. Tolentino; Ten. Cesar; e... tantos outros que as imagens são presentes, mas os nomes se perderam pelo acúmulo de informações em nossa memória?

Claro que a distância eu soube das promoções; das reformas; de algumas mudanças de carreira, assim como, inevitavelmente, de alguns que já se despediram da vida; mas o trânsito no mundo exige-nos o caminhar constante.

Cada um daqueles que um dia se encontraram tem o seu mundo e o faz a cada instante, pois a existência é feita também da materialidade, com suas competições e permanente busca por ascensão social; por esta razão meus feitos não ficaram estagnados, mas distanciaram-me de muitos daqueles com quem um dia convivi.

Os nomes fazem parte da lembrança que celebramos durante um instante do tempo existencial e nos apontam o significado de Ser com o Outro. Essa identidade materializa a memória e a faz viva em nova perspectiva revivendo o passado cristalizado no tempo.

Seriam necessárias várias páginas para ser fiel a todos os que participaram e ainda participam da vida de alguém; nesse caso eu deveria acrescentar colegas de profissões, como os professores; colegas de atividades, como os de parlamento; colegas das universidades e faculdades e os amigos; estes poucos, muito poucos. Mas pensei que os meus 18 anos seria um marco referencial e por isso enumerei os companheiros da caserna, de um instante de tempo que somou mais de cinco anos. Propositalmente os nomes não estão em ordem de hierarquia e muito menos divididos por unidade militar, pois todos eles de um tempo e outro, com divisas, sem divisas ou com estrelas gemadas ou não foram seres humanos de um interregno do meu tempo existencial.

Onde estarão aqueles que ainda permanecem no trânsito da vida a perguntar, talvez de forma inconsciente: o que faço no mundo¿ por que estou aqui¿ e outros que a tudo isso ignoram?

A pergunta é a catarse humana e materializa a ansiedade, a ignorância, a solidão e o medo. O homem não está só no mundo e para que isso fique vivo em sua mente ele se agarra ao outro. Queremos sempre o companheiro que expressa à vida e como um espelho nos possibilita a materialização do Ser. Somos indivíduos, um com o outro, mas a solidão nos assusta; é a presença que alivia o medo do vazio e do nada.

Onde andarão? eu ainda estou aqui...