segunda-feira, 13 de julho de 2020

SEMPRE SOLDADO!

Hoje calcei meus coturnos, 
velho borzega de guerra; 
cinco da madruga, como antigamente. 
Saí pelos caminhos, que já não são os de outrora, 
marchando a passos firmes como se estivesse com a tropa. 

É saudade, admito, mas uma saudade gostosa; 
revive-se vivendo e vive-se revivendo; assim é a vida. 

Os velhos coturnos guardados, o último par que usei, de marchas e manobras 
ficaram como recordação; 
e sei de tantos, entre Selmos, Gandons, Mativis, Brandolffs, Darios e Dionisios 
que guardam tantas saudades como as que hoje relembrei. 

Voltei para casa marchando, pois meus pensamentos ninguém vê, 
e de arma no ombro, mochila e satisfação 
bati com pé firme no chão e dei alto ao Pelotão!