O Prof. Irapuan Teixeira, PhD, pesquisador da Florida Christian University - Orlando/USA, escreve desde o ano de 1989 sobre a Realidade Política no Brasil. Ao se aposentar do Parlamento Brasileiro criou o "Blog do Ira" e o Blog VISÃO POLÍTICA em Agosto de 2007. «Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.» (Émile Zola)
terça-feira, 9 de agosto de 2022
DESPEDIDA DA MINHA RELIGIÃO
sexta-feira, 10 de junho de 2022
O QUE RESTA DE UMA VIDA?
Dedilhando pela manhã meus pensamentos deparei-me com a recordação de um tempo passado não muito distante; voltei aos anos 60!
1960 foi a época em que iniciei o aprendizado da minha primeira profissão, a de radialista, e também quando trabalhei na primeira emissora de Rádio daquela minha carreira, que se prolongou até eu optar pela vida militar.
Rádio Real Ltda, Canoas, Rio Grande do Sul.
Meu Pai gerenciava a parte técnica daquela emissora, como "Chefe de Locutores e Técnicos de Som", além de ser Discotecário, Programador, Locutor, Produtor Executivo e Disc-Jóquei (como eram chamados, naquele tempo, os críticos de música; lembrando que meu pai foi músico e maestro antes de se tornar radialista); o Diretor Geral era Luiz Carlos Bauer, também sócio da Rádio Real, embora minoritário.
Os "donos", como se dizia, eram da família Pertille, de Cachoeira do Sul, e o patriarca Ernesto Pertille comandava a rede de emissoras que se somavam à Rádio Real: As Rádios Princesa de Porto Alegre, de Candelária e de Cachoeira do Sul, onde a família Pertille residia. Além das rádios também constava um projeto de Televisão, que seria o mais moderno do Rio Grande do Sul; infelizmente não foi concluído por conta das vicissitudes da vida.
Renê Pertille, uma figura corpulenta que desenhava com um charuto à boca seu perfil sisudo, era o filho do "dono"; era também o técnico em eletrônica da rede de rádios e o responsável técnico pela futura televisão. Essa figura completava o inconsciente lúdico de um adolescente ainda criança, que tinha habilidades como técnico de som, mas que também tinha curiosidade por eletrônica; desenhava-se a visão ainda lúdica que se completaria no futuro.
Estávamos no ano de 1962 e eu completaria 13 anos de idade no próximo mês de Dezembro.
O "menino", curioso por eletrônica, tinha admiração pela habilidade que sobrava naquele "velho" Renê Pertille, que esporadicamente aprecia na Rádio Real, muito mais para buscar dinheiro do que para consertar algum equipamento, afinal ele era o "dono", ou o filho do "dono".
Mas o que sobrou daqueles homens? O que sobrou de uma vida?
Retorno a figura patriarcal de Ernesto Pertille e percorro os mapas da internet onde encontro um nome de rua e um Colégio em Cachoeira do Sul.
Sobrou da vida de Ernesto Pertille um CEP e uma escola que, por um tempo indeterminado, viverão em seu lugar.
C'est la Vie!
sábado, 7 de maio de 2022
A MELODIA DA VIDA!
AS MAIS sensatas decisões da vida inclui evitar-se os relacionamentos em que sabemos não poder dar ao outro a felicidade que ele merece.
quarta-feira, 20 de abril de 2022
QUANDO CHEGAR O AMANHÃ...
Constantemente, nessa passagem pelo tempo, nos deparamos com o pensamento voltado ao passado e reunindo recordações de tudo que nos foi prazeroso: Alegria pelas conquistas, emoção pelas vitórias, satisfação pelos reconhecimentos que nos foram depositados por conta de nossas atitudes ou de nossos feitos.
O pensamento invariavelmente alimenta nosso ego quando sai do presente e se transforma em um arqueólogo, cavando avidamente no fundo de nossa memória o que de mais precioso ficou escondido durante os anos que deixamos para trás nessa correria desenfreada em busca do futuro.
Nessa busca interior muitos de nós passamos anos de nossas vidas carregando os troféus e, outros de nós, sozinhos com suas culpas, mas que deveriam ser divididas entre os atores da história; entre eu e meu interlocutor; entre eu e quem mais participou do mesmo tempo histórico que dividimos nessa nossa caminhada existencial.
Assim é que não somos culpados sozinhos; não somos heróis sozinhos; não nos acovardamos sozinhos; não vencemos ou perdemos sozinhos.
Mesmo tendo presente tal clareza em minha consciência surpreendo-me quando em desaviso emocional fico a pensar sobre alguns impropérios que me foram lançados à responsabilizar-me por contendas passadas, como se fosse possível alguém subir à um ringue e lutar sozinho; ganhar e perder, tudo ao mesmo tempo, sem que haja atores em tal história. Obviamente que seria uma luta invisível com ele próprio, se assim fosse, e que só poderia acontecer nas fantasias de quem se acredita imune à sua própria história.
Mas, quando chegar o amanhã, certamente desvendaremos todas as lacunas esquecidas no fundo de nossa alma, e nos libertaremos de culpas e de pecados; de vitórias e de derrotas; de humildades e de egos, pois nossa história não mais nos pertencerá e estará aberta às interpretações, deixando-nos livres na liberdade de Ser!
sábado, 29 de janeiro de 2022
A TAPERA PERDEU A GRAÇA!
Quem mora em Florianópolis e transita entre a ilha e o continente não pode deixar de olhar a vastidão do mar e a beleza do céu. Ao transitar, célere ou não, pela ponte Ivo Campos, percorrer com o olhar, até onde a vista alcança, e vislumbrar, à sua direita, lá, distante, um recanto esverdeado chamado Tapera, que se esconde do mundo e abre-se ao sonho de um faz-de-conta, torna o homem mais humano.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
A EXISTÊNCIA HUMANA...
...dádiva divina que o homem até hoje, mesmo com sua pomposa racionalidade, teima em fazer de conta que tem o controle, nada mais é do que uma caminhada a "passos largos" pelo tempo.