quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

ENQUANTO ISSO...

Enquanto as coisas acontecem... Enquanto isso... Alguns pescam, pois gostam de pescaria; outros burilam a madeira, ou o ferro. Marceneiros, Artesãos, Escultores... todos artistas são! Um peixe ali, outro acolá e o anzol na mão; perícia com seus anzóis, carretilhas ou molinetes. Enquanto isso... as coisas acontecem. Há àqueles que escrevem, que contam histórias ou poetam; talvez porque a vida é uma poesia e o viver um conto a ser contado. Mesmo agora, neste instante, alguém estará lendo, e viajando nas letras do livro escolhido. Ainda têm àqueles que falam, e falam, pois falar é seu ofício; seja ele o de ensinar, seja ele o de legislar, a fala é também a forma de interpretar, de contar e de encantar. 

Enquanto isso as coisas acontecem... Existem outros ainda que pensam, e pensam, e seu pensar talvez a nada sirva, sendo apenas ócio, como um dia disse o filósofo. Mesmo esse ócio ocupa um tempo e no tempo faz seu trânsito, o trânsito existencial; caminho temporal de um dia à outro dia, de uma noite à outra noite, de seu tempo à seu tempo que, finito sendo, tem em seu tempo o limite. Alguns pescam; outros burilam a madeira, o ferro... Alguns escrevem e outros falam. O tempo espreita e o caminho do caminhante é marcado pelos passos do transeunte casual. Do acaso ao ocaso, os passos marcados se confundem com tantos passos que se perdem no trânsito existencial. 

Enquanto isso...