terça-feira, 10 de junho de 2008

MECscelânea

A miscelânia de interpretações sobre o ensino superior no Brasil tem fulcro nas indefinições do MEC e na falta de capacidade para ter autonomia nas questões educacionais para o País.
Chega de copiar países estrangeiros e aceitar as opiniões da mídia, como se os técnicos daquele Ministério não tivessem capacidade para definir e propor normatizações adequadas para o ensino!
Haddad foi um técnico do MEC; quindado à Ministro por um sopro de inteligência que roçou os ouvidos de Tarso Genro poderia demonstrar mais capacidade acabando com a "lenga-lenga" em torno dos cursos superiores no Brasil e não se rendendo ao capital das instituições particulares que somente desejam receita e não qualidade para a educação.
Um tema que ja cansei de debater, e que no Plenário da Câmara insisti que fosse resolvido, ainda continua nas manchetes de jornais e internet sendo trabalhando de forma a "enrrolar" o Ministro e o MEC para que com um "jeitinho brasileiro" seja feita a vontade das instituições particulares, e do capital é claro.
Os cursos de Tecnologia finalmente foram definidos como "curso superior". O MEC se rendeu, o CNE se rendeu e pronto, lá se foram por água abaixo as tentativas de se colocar nivel de excelência no ensino superior.Acabaram com os cursos técnicos de qualidade no ensino médio (os antigos, bem antigos, antes da reforma do ensino) e inventaram cursos de tecnólogo nas universidades, abocanhados na sua maioria pelas instituições particulares, e que não qualificam ninguém e são de péssima qualidade.
Definiram, finalmente, que tais cursos teriam o status de "curso superior" e agora estão em um impasse que não irão resolver nunca a não ser que "falcatruem" mais uma vez. Ou seja, cursos de tecnólogo até poderá ser cursado em instituições de ensino superior, dai alcunhados de curso superior, mas não são, e nunca serão, cursos de graduação. Assim, em não sendo cursos de graduação só poderão, os detentores desses títulos(?), fazerem concurso público se os editais de abertura de tais concursos definirem que os inscritos poderão apresentar tambem diploma (ou certificado?) de tecnólogo em alguma coisa.
Por outro lado, uma discrepância continua sendo permitida pelo MEC, por força da FORÇA das instituições que buscam somente o lucro, as particulares. Qual seja, curso de pós-graduação, o nome já diz, e está bem claro, é curso para ser feito por aqueles que já cursaram a graduação.
Quem disse que curso de tecnólogo é curso de graduação? não é! portanto, quem quiser cursar pós graduação tem que se graduar e não pode de maneira alguma ser permitido que tecnólogos cursem pós-graduação porque não são graduados. Mais claro do que isso o seu Haddad não precisa e se está permitindo que as instituições particulares continuem com essa farsa é porque alguma coisa de estranho existe dentro do MEC (e existe! Cristovam Buarque já tinha detectado isso, dai ser defenestrado do Ministério as pressas, por telefone.)