segunda-feira, 7 de junho de 2010

SESSENTA

O homem tem a necessidade de contar suas andanças, sejam das viagens empreendidas que mais despertaram sua atenção, sejam das atividades bem sucedidas que lhes renderam admiração dos pares ou das recordações do passado, que sabemos não mui distante, pois o trânsito pela vida é de um tempo bem ínfimo. Pois, o homem, tem lá essa necessidade e o faz sempre em voz solene, anunciando em alto e bom som através de uma “roda de conversa” com amigos ou até, mais solene ainda, escrevendo um livro com suas memórias.

A internet, com seus blogs, chegou para facilitar aos novos escritores a tarefa de contar suas histórias, anunciar seus feitos e, invariavelmente, possibilitar a catarse necessária ao homem da era global.

É com essas facilidades de comunicação que damos um “grito primal”, tecendo críticas contumazes, digitando textos oníricos ou filosofando.

Espero que aqueles com quem um dia eu tenha convivido, em tempos idos, aqueles que amigos, conhecidos ou simplesmente “aqueles”, possam vislumbrar que há sexagenariedade um dia se faz presente e, em lendo este texto, possam refletir um pouco mais sobre a realidade da vida, enquanto continuamos em nosso trânsito existencial. E que, sessenta seja apenas uma palavra, para que continuemos hígidos, eretos e firmes por mais um tempo.