domingo, 21 de janeiro de 2018

TEM ALGUMA COISA QUE NÃO ENCAIXA... OU, A MINHA IGNORÂNCIA SOBRE PERFORMANCES!

Estamos na era das tais performances; Lula e Amorim foram fotografados assistindo a uma dessas performances em que dois homens barbudos se beijavam, trocando salivas e roçando línguas.

Dizem àqueles que leem imagens e lábios que Lula estava com cara de nojo e, Amorim, claramente virou o rosto.

Será porque respingou salivas?

Outra dessas performances deixou-me com algumas interrogações.

Título: Deserto!

Uma mulher aparece enterrada na areia, nua, claro; meia hora ali, enterrada, e com a cabeça a mostra, sem nenhum gesto. A seguir, vagarosamente, começa a mexer o corpo e, aos poucos, a areia vai sendo "arredada" dando maior espaço ao corpo que começa a aparecer; primeiramente os seios e, depois, de tanto mexer, começa a se levantar e aparece totalmente nua com a expressão vazia no olhar. Levanta-se e caminha vagarosamente em direção ao público. Fim da performance.

Na mesma linha...

Título da performance: Terra!

A mesma mulher aparece totalmente nua, deitada na terra e com a boca "cravada" em um arbusto. Fica assim mais meia hora. Várias pessoas assistindo e a mulher imóvel, sem nenhum gesto, a boca grudada ao arbusto e o corpo estendido horizontalmente com as nádegas para cima, totalmente nu. É só isso a performance.

Mais uma, com o mesmo título da anterior: Terra! (Pareceu-me que a criatividade estava escassa, inclusive nos títulos).

Desta vez a natureza é forçada a participar da tal performance.

Ainda a mesma mulher, obviamente nua, aparece parada numa área totalmente gramada; previamente a grama foi roçada deixando àquele espaço mais livre e, em volta uma grama bem mais alta. No espaço definido, com a grama baixa, a mulher, nua, está imóvel. Assim fica um tempo até que se aproxima uma retroescavadeira, lentamente e barulhenta (como todas as retroescavadeiras). Chegando a poucos metros da mulher o operador da máquina aciona a grande pá de corte e começa a cavar em volta da mulher; algum tempo cavando em forma um grande sulco deixando a mulher ilhada numa pequena área de alguns metros. Ao final formou uma ilha quadrada e a mulher nua lá em cima. Fim da performance. Esta, porém, teve o auxílio do operador da retroescavadeira.

Fosse eu jurado de tal evento, creditaria à ele, operador da retroescavadeira, o mérito pela performance.

Outra, bem mais complexa, e novamente com um coadjuvante.

A mesma mulher aparece num púlpito lendo um texto desconexo. Desta vez totalmente vestida; com uma calça Jeans e uma blusa branca, poupando a plateia de visualizá-la novamente com seus pêlos vaginais não cortados, vastos, num visual anti-higiênico.

Ela, a mulher, continua lendo o tal texto por alguns minutos e, então, aproxima-se um homem vestido com uniforme de enfermagem e um aparelho de anestesia nas mãos. A mulher abre a boca e o tal homem aplica uma anestesia em um dos lados da gengiva; massageia, como fazem os dentistas, depois sai. A mulher continua lendo, agora com mais dificuldade em função da anestesia. Esta interrupção da leitura é feita por mais quatro vezes; em todas o "dentista" aplica uma anestesia em um dos lados da gengiva, totalizando toda a boca. A cada anestesia ela recomeça a leitura até uma nova anestesia ser feita pelo "dentista"; quatro vezes; quatro anestesias.

Não é necessário dizer que ela concluiu a leitura babando.

Ao se retirar, deixa o púlpito recebendo um sofrível aplauso de dois ou três entusiastas.
Outra performance externa, similar àquela da retroescavadeira, em que a natureza é forçada a participar.

Em um campo está armado um "altar" de tijolos e um mastro ao centro, no alto. Chega a mulher com uma veste totalmente transparente, esvoaçante, branca, com fendas dos dois lados, fazendo a veste abrir-se totalmente pela ação do vento; ela nua por baixo, como de costume.

A mulher sobe ao "altar" e um homem amarra seus punhos às costas e ao mastro. A seguir vários outros homens começam a colocar arbustos secos em volta do "altar". É tanto arbusto que a mulher quase sumiu, ficando somente com a cabeça a mostra.

Juro! Pensei que iriam colocar fogo; ai lembrei-me do título da performance: A intenção!

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