quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O QUE VOCÊ DECIDE?


“Não existe maneira de projetar o futuro esquecendo-se da ação do homem no mundo; dependerá das decisões de cada ser humano transitar sobre um céu ou sobre um inferno nessa caminhada existencial.”
(In Quase Diário – Livro-Blog internet)
Muitas vezes somos compelidos à luta pela imposição das necessidades pragmáticas terrenas disputadas pelo homem e sua maneira mercantilista, utilitária e individualista de ser-no-mundo. Abocanhamos todo o quinhão ao invés de servirmo-nos de nosso quinhão, respeitando a necessidade do outro. Conquistamos àquilo que a natureza disponibiliza para todos e não repartimos, ao contrário, buscamos conquistar também àquilo que o outro serviu-se pelo seu esforço e labor. A natureza disponibilizou-nos uma imensidão de benesses para que todos possam servir-se, mas a luta entre os homens, acirrada pela ignorância e má fé, fazem com que essa repartição não se efetive e alguns dispõem de mais e outros de menos; alguns dispõem de muito e outros de nada.

“A vida humana em seu conjunto revela as propriedades de uma tragédia... uma série de esperanças mal sucedidas, tentativas fracassadas e enganos conhecidos tardiamente. Reconhecer, observando sua vida, que todo homem está ‘in the wrong’ pode ser sua salvação.” (Arthur Schopenhauer).
A existência terrena está definida pelo comportamento humano como a luta do indivíduo contra o indivíduo e assim Thomas Hobbes passa a ter razão quando escreveu que “o homem é lobo do homem”, constatação que, passados 367 anos, se confirma. Mas antes mesmo de Hobbes, Tito Mácio Plauto, o dramaturgo romano, que viveu entre 230 a.C. - 180 d.C, já dizia em suas peças de teatro: “Homo homini lupus”. Portanto, nada mudou! Continuamos nos devorando como se fossemos animais irracionais, um canibalismo de bens terrenos e temporários, pois o homem não é somente àquilo que pensa ser; o homem é, também, transcendente à matéria. Sua expressão no mundo da existência terrena o elevará ou o colocará mais ainda na sarjeta da ignorância.

Não são poucas as informações da natureza para o homem e em várias fases de nossa existência têm-se comprovado que àquilo que “vemos” se opõe àquilo que a intuição nos diz; se atentássemos para a intuição heurística muitos de nossos comportamentos no mundo em sociedade mudaria de forma radical; ou seja voltando às raízes.

A intuição heurística aponta-nos os caminhos, pois a heurística é uma arte para descobrir-se, inventar-se e resolver problemas de ordem factual, mediante a experiência, própria ou observada. Quando o problema passa a ser complexo, incompleto e com características de difícil solução a heurística aponta-nos o modo de proceder; é um processo inconsciente e muitas vezes nem nos damos conta de que o estamos utilizando.

A verdade é aquilo que vejo ou aquilo que diz minha intuição?”
(In Quase Diário – Livro-Blog Internet)
Mesmo com todos os meios existentes no próprio pensamento humano para que ele possa desenvolver sua existência terrena de forma plena, há também, na sua gênese, um comportamento diametralmente oposto àquele que nos tornaria um homem de bem com o próprio homem: Sua ação no mundo! Agimos em desconformidade com a Verdade e cremos, muitas vezes de forma ideológica, outras vezes de forma “religiosa” e na maioria das vezes de forma individualista e por conta e risco de cada um, de que nossa ação no mundo é forma única de preservar-se e que o outro é apenas um objeto e não sujeito, como eu; o outro é tratado como coisa e não observamos o princípio da “alteritas”, partindo do pressuposto básico: Todo o ser humano social interage e interdepende do outro. Nosso comportamento e ação no mundo é “real” e está totalmente em desacordo com as teorias que nós mesmos cansamos de escrever. Muitas vezes minha ação está em desacordo com minha intuição e discurso teórico; a prática em desacordo com a teoria. Não se tem aplicado no mundo social uma ação prática que parta da teoria; o que se projeta na história tem sido uma prática sem plano de ação; sem roteiro e a vida passa a ser fruto do acaso; o homem caminha no mundo sem antever coisa alguma à frente desse caminhar. Quando surge um obstáculo tropeça, sem que tenha previsto tal “pedra” em seu caminho. A existência de cada um não tem contida em si um plano, uma meta; não existe, individualmente ou em grupos sociais, o processo de métodos e técnicas para agir-se no mundo. É fácil esta constatação, basta verificar-se o abandono do outro pelos próprios grupos oficiais de cada estado; seja o estado socialista ou o estado capitalista; apesar das teorias.

Assim é que, além das constatações de Plauto e Hobbes, o homem vive seu próprio abandono; o homem abandonou a si próprio quando passou a cuidar somente da existência terrena; somente do seu corpo, abandonando o outro; abandonando a própria alma.
“Por que você está assim tão triste,
Ó minha Alma?
Por que está assim tão perturbada
Dentro de mim?”
(Salmos 42:11)
A face má do egoísmo humano, do indivíduo centrado somente no pragmatismo do seu corpo, na acumulação de bens materiais para si, somente, não observando as necessidades materiais de todos os demais seres e as necessidades espirituais de todo o ser humano, fizeram com que o homem esquecesse da sua dualidade, esquecesse da sua alma; ou mesmo que a possui por essência.

Partindo do existencialismo de Sartre podemos observar que suas palavras escritas expressaram tal dualidade, mesmo que opondo-se à primazia da essência sobre a existência, mas não anulando essa dualidade. Escreveu Jean Paul Sartre que: A Existência precede a Essência; concordando que o homem existe e que se faz no mundo. Assim, podemos discorrer sobre essa caminhada existencial, observando que o homem enquanto se faz no mundo, faz o próprio mundo, mas invertendo a assertiva de Sartre sobre a primazia da existência e afirmando que a essência precede a existência, pois o homem mesmo se fazendo e fazendo o mundo tem em si a Essência de Ser, mesmo antes de existir.

O autor português Francisco Limpo de Faria Queiroz, admite que:
“O termo essência designa o ser, a consistência ou qüididade de um ente, considerado independentemente da sua existência. Dizer o que é uma coisa é declarar a sua essência.”

“Na filosofia grega até Platão, a essência - eidos - tem a conotação peculiar daquilo que, numa coisa, é permanente e central, em oposição ao transitório e acidental. Para Platão, a verdadeira realidade está na essência, na forma pura da coisa, subtraída à tela aparente da existência.”

Platão, sem ter conhecido Sartre, já antecipava que a Essência precede a Existência, pois existir é ter a Essência do Existir; não seria possível Existir sem ter tal Essência: A Essência do Existir! Sartre, ao contrário, defende a tese de que a Existência precede a Essência, sem negar a Essência, ao contrário, admitindo-a; de certa forma uma aproximação do Existencialismo Néo-Socrático de Gabriel Marcel.

“É hora de se interrogar:
Se vamos salvar a alma, o corpo vai sofrer;
Se vamos salvar o corpo, a alma vai penar.”
(In Quase Diário – Livro-Blog Internet)
O que você decide?

sábado, 29 de setembro de 2018

AS FIGURAS PÚBLICAS!

De uns tempos para cá surgiu no Brasil uma nova denominação, popularesca, para incluir no mesmo rol de alguns profissionais uma outra "elite", mas que apenas atuam e são marionetes da mídia; alguns que nada fazem para servir ou se prestar a ser marionetes do 4º poder.
Criaram o termo "figura pública" para alojar os preguiçosos de um tal programa copiado da TV norte-americana, apelidado por aqui de BBB, e alojar também tantos outros, que os manipuladores querem que sejam seus representantes no sujo jogo da enganação aos incautos.
É óbvio que existem algumas figuras que são públicas e, por esse motivo, têm "poder" sobre seu público e sobre os incautos; poder esse pelo jogo da sedução é, poder esse, pela falta de conhecimento e de uma educação falida que não capacita nenhum cidadão a ter senso crítico.
Um músico pode levar muita gente a cometer atos que não cometeriam se tivessem senso crítico; um escritor, da mesma forma; um político, também; e até um camarada inexpressivo que ficou dentro de uma casa televisionada dia-e-noite, confinado e falando baboseiras, torna-se público pela manipulação da mídia e têm lá seus seguidores por conta do marasmo em que transita o conhecimento humano, a educação o ensino e a cultura em nosso País.
Assim é que as pessoas desavisadas elegem como político pulhas que para nada servem na atividade legislativa, e que até poderiam servir para fazer um outro serviço e contribuir com sua comunidade, ou desenvolver sua profissão. Alguns, que já foram tais figuras de TV, tinham suas profissões, que à eles de nada serviram, pois optaram por ser "macacos do circo" armado pelo sistema e se acreditam hoje um "reizinho mandão", como àquele do conto de Ruth Rocha, mas que na verdade não passam de um Bufão e continuam, como o beneplácito de seus "seguidores incautos", como os "bobos da corte".
O perigo desses tais "formadores de opinião", outra denominação, das tantas forjadas pelo 4º poder, é que essas figuras públicas atinjam o objetivo que lhes foi imposto pelo sistema (e que elas próprias desconhecem) e façam o serviço sujo de dessangrar nossa Nação; que já está espoliada e e de certa maneira subjugada pelo mal maior: O "Establishment"!

terça-feira, 18 de setembro de 2018

terça-feira, 3 de julho de 2018

NÃO ADIANTA FALAR...

...ou escrever; mas de que adianta ficar calado?
Sofremos de "Anorexia Literária!" exclamei em uma aula em 1982; depois escrevi a respeito desse efeito devastador no conhecimento humano: A falta de leitura pela falta de educação e de incentivo nas escolas pelo livro, é mortal!
Perder a "fome" pela leitura é deixar-se exaurir de toda a possibilidade do saber.
Quando ainda estava cursando a graduação em Filosofia, o espanto dos demais alunos, de outros cursos, ao verem a quantidade de livros que manuseávamos e que realmente líamos para dar conta das disciplinas que estudávamos, me fez investigar a "preguiça" que assola quase o totalidade dos acadêmicos ao se defrontarem com a quantidade de livros que deveriam ler.
Repeti, exaustivamente, aula após aula, um dos tantos ditados populares sem origem: "Ler, ler até ficar cego"; mesmo em forma de brincadeira sempre tentei incentivar a leitura, mas infelizmente, passados mais de trinta anos, estamos cegos, apesar da visão estar hígida. Nada enxergamos a não ser o que nos dizem e nos apresentam como verdade; estamos escravos da mídia e das ideologias impostas por manipuladores do pensamento humano. Acontecimentos de ontem são recontados por uma única visão: Àquela que interessa ao poder! Municiados pela intelectualidade ideológica de viés esquerdista tais apóstolos das idéias fixas se apoderaram das cátedras nas universidades e fazem, ano após ano, um excelente (des) serviço ao mundo das idéias.
Falamos, ou escrevemos, e o mundo não lê, não ouve, não enxerga. A história está morta!

terça-feira, 22 de maio de 2018

A METAFÍSICA DO AMOR


O que é isso que eu sinto pelo outro; é amor ou paixão?

Alguns dicionários apontam: “Amor é uma atração baseada no desejo sexual.” Nada mais absurdo do que uma afirmação dessas. O Amor não tem como base o desejo, que é uma forma de obter prazer pelo uso do outro e pelo retorno que tal uso lhes dá. Não significa que quem ama não tenha desejo sexual ou que não tenha relação sexual; havendo tal entendimento, estará totalmente errado. Quem ama tem, sim, pelo outro, “desejo” sexual, só que este “desejo” não é usurpador e sim um desejo de doação, de dar ao outro àquilo que lhe faz feliz, que lhe dá prazer, que cria emoção; é um desejo de dar primeiramente, de se doar sem esperar nada em troca, sem querer que o outro tenha a obrigação de satisfazê-lo; embora possa haver a reciprocidade e o prazer dual.

Mas isso é apenas um aspecto humano, da existência do homem. O Amor tem uma outra dimensão que soma a todas as dimensões existenciais; o Amor é metafísico; a dimensão espiritual, presente na dualidade humana, está presente com intensidade muito maior do que a dimensão carnal. Amar, portanto, não é uma atração baseada no desejo, seja sexual ou qualquer outro; ao contrário, não existe desejo no sentido de subtrair do outro e sim o desejo de que seja somado ao outro o que de melhor se possa somar.

Também apontam, outros dicionários, que o amor seria aquele onde duas pessoas se amam. Nada mais risível pela própria definição. Muito mais risível é aquele que aponta que “existem vários tipos de amor”; entretanto de todos os tipos que relatam nenhum é Amor.

“Amor é olhar nos olhos do outro com ternura e desejo”, diz um autor; essa definição por si só se exclui, pois desejo anula a ternura e vice-versa.

São mais de seis milhões de definições propostas pelos dicionaristas do Senso Comum sobre a palavra Amor e em todas que pesquisei deparei-me com a confusão entre amor e paixão.

Falamos muito em amor, em amar, em estar apaixonado um pelo outro, mas nada sabemos a respeito do amor e de paixão; além de confundirmos ambos os sentimentos, não sabemos descrever um e outro e, quando o fazemos, usamos de forma errada a razão para defini-los. Além do mais, o amor é raríssimo e se esvai como água por entre os dedos quando o sentimento não tem base sólida alicerçada na doação, no desinteresse material, no bem alheio.

50 anos de paixão!

Esqueça, você não ficará apaixonado pela mesma pessoa durante 50 anos! Não perca seu tempo com tais ilusões que têm a mesma intensidade das paixões. Hoje você se ilude amanhã se desilude, a paixão é igual; intensa hoje, morna amanhã, inexistente depois. Estou falando (escrevendo) entre as mesmas duas pessoas. Hoje apaixonado(a) perdidamente por uma pessoa; amanhã perdidamente por outra, até seu amadurecimento racional. A razão irá impedir tais atitudes emocionais corriqueiras e passageiras.

Case-se por paixão e separe-se, logo a seguir, por incompatibilidade de gênios!

A paixão é intensa, mas efêmera. Ninguém ficará apaixonado a vida inteira pela mesma pessoa, repito, mas poderá amar a mesma pessoa durante toda sua vida.

Amor e Paixão são dois acontecimentos emocionais totalmente diferentes e, inclusive, incompatíveis; basta usarmos a razão para compará-los. Amor é doação; paixão é usurpação.

Quem ama doa-se ao outro; o apaixonado suga o outro.

Haverá impropérios e discussões histéricas sobre esta tese e, quando houver, tais debatedores estarão deixando de lado a razão escudando-se na emoção.

A emoção é cor de rosa, linda e brilhante, mas efêmera; a razão é cinzenta, como um céu de inverno, com chuvas e trovoadas, mas firme e perene.

E é essa dureza da razão que determina o “que fazer” para àquele que diz amar; esse “que fazer” é uma atitude imutável a ser assumida sem esforço algum; ou você ama e doa-se inteiramente ao outro; ou você não ama. Quem ama quer ver o outro feliz e não me venham com reciprocidades obrigatórias que isso é coisa da paixão.

O problema maior do amor é amar a quem não pode dar reciprocidade; em havendo tal evento a infelicidade estará completa. Não havendo tal evento, os dois completando-se com o mesmo sentimento, o amor poderá ser perene, desses que são quase inexistentes na sociedade pragmática em que vivemos.

Quem exclamar: Meu pai e minha mãe amaram-se a vida inteira! Não conheceu seus pais; a não ser que sejam um dos tais raríssimos casos.

Quem exclamar eu amarei tal pessoa a minha vida inteira; desconhece, por óbvio, o futuro.

O Amor acontece e pode ser via de duas mãos, ou não! No mundo atual quase sempre não o é, e são raríssimas as exceções; assim como são raríssimos os casos de amor para toda a vida entre dois seres desconhecidos que se encontram e que se encantam um pelo outro. Claro, o encanto se dá pelos atributos estéticos e que podem se afirmar pelo conhecimento do Ser. Se houverem afinidades que contribuam para tal conhecimento, o que demanda tempo, o evento do Amor poderá se afirmar.

Minha Mãe e meu Pai foram felizes a vida inteira! Mera observação de filho(a) que vê o Pai e a Mãe com os olhos cor de rosa.

Eu amo meu marido ou minha mulher! Meu marido, ou minha mulher, me ama! São afirmações-exclamações sem fundamento, superficiais e fruto do senso comum, pois amar exige muitíssimo mais do que as simples afirmações emocionais; exige conhecimento, comprometimento, doação incondicional, respeito, cuidado, atenção, companheirismo.

Deixemos essas armadilhas da emoção para o Senso Comum e busquemos a Razão para que nos afirme aquilo que “É” e que, por óbvio, não pode “Não Ser”.

O Amor foge das observações estéticas, elas não têm qualquer valor; diferente da Paixão, o Amor tem fulcro no Ser, em uma relação de sujeito-sujeito e não sujeito-objeto (comum nos dias atuais, sem que os pares percebam tal discrepância). O Amor não pede; ele dá, doa. O Amor não escraviza e não é escravo; quem Ama, simplesmente Ama. Nada pede; nada espera; nada cobra. É um convívio fraterno, caso exista a reciprocidade. É por isso que Amar é um evento raríssimo no mundo moderno, pelas armadilhas materiais e pelo egoísmo humano.

sábado, 31 de março de 2018

ORDEM DO DIA

Bravos soldados!

Relembramos no dia de hoje a memória do General de Exército Hamilton Mourão Filho, militar que lutou na 2ª Guerra Mundial, integrando em fevereiro do ano de 1945 a Força Expedicionária Brasileira – FEB, e que foi o responsável pelo início da Contra Revolução de 1964, marchando desde Juiz de Fora, com seus soldados, para por um fim ao Golpe iniciado por Leonel Brizola que visava a ditadura do proletariado.

A esquerda de hoje fala em golpe mas o verdadeiro golpe estava em andamento pelo comunista Brizola (que se disfarçou, posteriormente, e por muito tempo, de socialista) e seu títere João Goulart, nome que hoje aparece nas eleições através do seu homônimo, e filho, para confundir o eleitorado e forçar uma imagem de herói de alguém que pregava a insubordinação e a baderna. A ideia de Brizola e Goulart era fechar o congresso, instalar uma ditadura comunista satélite de Moscou e começar a matança. Brizola já estava treinando os “grupos dos onze”, no Uruguai, onde ele foi latifundiário. As Forças Armadas, atendendo ao clamor popular, manifestado em passeatas de centenas de brasileiros, exigiram a intervenção das Forças Armadas, que foi realizado com muita competência e com o mínimo de emprego da força.

O Brasil de hoje não necessita passar os mesmos maus agouros de outrora, é sabido quem são os baderneiros de agora; é sabido quais são suas intenções e perspectivas; é sabido suas ideologias nefastas e criminosas; é sabido quem são os comunistas baderneiros e quem são os incautos; mas, diferente de outrora, têm eles, hoje, um exército de foices e enxadas, disfarçados de trabalhadores e camponeses; têm hoje bandidos e criminosos que, ostensivamente, desafiam as autoridades constituídas; têm eles hoje armamentos pesados, contrabandeados e escondidos em seus covis disfarçados de assentamentos; têm eles hoje a proteção da própria sociedade através de instituições de direito mas que de fato são armadilhas contra o cidadão brasileiro. ONGS, Direitos Humanos e uma série de instituições fantasiadas de defesa do cidadão defendem unicamente bandidos e criminosos, como o assassino italiano Cesare Batisti, acolhido por Lula enquanto presidente de nossa República, eleito por milhões de incautos que ainda estão com suas mentes poluídas pela mentira e o paternalismo barato.

A realidade de nosso Brasil de hoje necessita mais uma vez do povo brasileiro, dos verdadeiros patriotas, dos guardiões da Nação, pois a realidade mais uma vez alerta-nos que os descaminhos já foram traçados e será necessário a força e a visão nacionalista de nosso povo patriota para reencaminhar os destinos da Nação Brasileira.

Antes que seja tarde; antes que, mais uma vez, necessitemos das armas para por um fim as badernas do terrorismo esquerdista, os patriotas brasileiros devem se unir contra tais descaminhos que já assolam a Nação e a hora está mais próxima do que possamos imaginar; talvez nossa última trincheira sejam as próximas eleições ou, quem sabe, antes mesmo, dependendo de nossos tribunais, se terão ou não a coragem de por um fim aos crimes que ainda estão sendo cometidos contra a Nação. Criminosos no poder e criminosos condenados soltos e, outros, sem previsão de condenações e nem mesmo processos, urge uma providência definitiva do judiciário.

Soldados!

A Pátria precisa de todos nós e todo brasileiro patriota desde agora é um soldado que deve lutar primeiro com as armas da paciência; da confiança nas instituições; da certeza que a verdade sempre prevalecerá; da ordem e contra a turbulência e a turba; da hierarquia, sabedores de que nossas Forças Armadas não dormem e, inclusive, com a arma da tal de democracia, que nos impuseram como se fosse a guardiã da liberdade. Saberemos pautar nossas ações por tais caminhos, antes de tomarmos a espada para coibir os abusos e a invasão de nosso território sagrado, conquistado e defendido por nossos irmãos que já se foram; pois, a subversão é o primeiro passo para uma invasão. Os subversivos, que não têm amor à Pátria, estão com seus dias de tentativas esgotados pois a Nação Brasileira já está a postos.

Brasil acima de tudo!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

HOMO HOMINI LUPUS

Vivemos um momento de rusgas intensas e sem possibilidade de trégua; a vida política e social degrada o ser humano pelo abuso e astúcia de um lado e pela inércia e ignorância de outro. 

Somos reféns de nossos próprios atos, insanos ou ingênuos. Um verdadeiro cabo de guerra em que cada um puxa para um lado; o vencedor é sempre lobo da sua própria carne. 



terça-feira, 30 de janeiro de 2018

LURDINHA, MEU AMOR (um papo de soldado)

Ela foi muito conhecida como Lurdinha, era saltitante e bela; seu auge foi nos idos da década de 60. Esguia, magrela, tinha a capacidade de se alargar quando estava nos braços dos soldados; mas adorava um sargento.

Ela era assim, aninhava-se junto ao peito de quem acariciava suas costas e esticava-se quando era colocada debaixo do braço daqueles que a amavam.

Nasceu próxima aos nazistas, numa guerra em que a Dinamarca estava envolvida; tinha uma irmã bem mais velha, a Madsen.


Quando Adolf invadiu o reino da Danmark, no início da segunda Guerra Mundial, por uma questão de acaso lá estava um brasileiro de nome Plínio Paes Barreto Cardoso; mais tarde ele seria o pai da Lurdinha.

Os dinamarqueses receberam em missão técnica o brasileiro Plínio Paes e confiaram a ele alguns projetos, mais especificamente o de armas leves; em desenvolvimento estava o projeto de uma submetralhadora e que não teve continuidade em função da guerra. Antes de que Adolf colocasse mãos nos projetos de Plínio Paes ele voltou ao Brasil, pois o reino caíra em mãos dos alemães; com ele vieram todos os projetos em desenvolvimento, principalmente o da submetralhadora.

A irmã mais velha da Lurdinha era a Madsen, uma linda dinamarquesa que foi deixada a mercê dos alemães.

Salvara-se Lurdinha, pela agilidade daquele brasileiro, um militar que na época tinha um posto no oficialato; não lembro se era 1º ou 2º tenente; ou mesmo se já era um capitão; sei, sim, que foi como General R1 que implantou no Brasil o projeto INA, no ano de 1949, coincidentemente no mesmo ano que minha mãe estava grávida deste que vos escreve; eu fui nascer no final daquele ano, bem próximo a data de nascimento da Lurdinha.

Madsen M-1946
Plínio Paes trouxe da Dinamarca todos os projetos de uma submetralhadora leve, que lhes foi cedido, por deferência e gratidão, pela Dansk Industri Syndikat.

Que projetos foram esses? O da submetralhadora Madsen modelo 1946, que daria suporte a criação da submetralhadora conhecida mais tarde como INA, mesmo nome da empresa que o General fundaria no Brasil: A "Indústria Nacional de Armas", no bairro de Utinga, na cidade de Santo André, Estado de São Paulo.

Adotada pelo Exército Brasileiro e também pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul, assim como, mais tarde, pelas Polícias Militares de todo o Pais, a submetralhadora INA tinha um calibre diferente da sua irmã dinamarquesa, a Madsen 1946.

A diferença principal da original dinamarquesa foi a mudança do calibre, de 9 mm Luger para o 45 ACP.

INA, a Lurdinha
A INA, ou como gostávamos de chama-la, a Lurdinha, tinha uma cadência de 600 tiros por minuto; como possuía baixa cadência, àqueles que tinham mais intimidade com a "moça" podiam disparar rajadas curtas. Mas nada de disparar com uma só mão; a Lurdinha não era pistola e nem revolver. Um dispositivo junto ao retém do carregador obrigatoriamente tinha que ser pressionado com a outra mão para que ele começasse a festa. Seu peso 3 kg e 400 gr; comprimento de 74,9 mm e um narizinho empinado (cano) de 214 mm.

A Lurdinha teve a péssima fama de engasgar, principalmente nas rajadas intermitentes e nas mãos dos policiais; a culpa nunca foi da Lurdinha, tampouco de seus "amantes", que a manejavam com perícia. O problema sempre foi da munição .45 ACP, de fabricação nacional e de péssima qualidade, com cartuchos muito velhos e que foram entregues aos policiais, piorando mais ainda a fama de "negaciar" (negar fogo).

Mas quem, como eu, não amou a Lurdinha?

domingo, 21 de janeiro de 2018

TEM ALGUMA COISA QUE NÃO ENCAIXA... OU, A MINHA IGNORÂNCIA SOBRE PERFORMANCES!

Estamos na era das tais performances; Lula e Amorim foram fotografados assistindo a uma dessas performances em que dois homens barbudos se beijavam, trocando salivas e roçando línguas.

Dizem àqueles que leem imagens e lábios que Lula estava com cara de nojo e, Amorim, claramente virou o rosto.

Será porque respingou salivas?

Outra dessas performances deixou-me com algumas interrogações.

Título: Deserto!

Uma mulher aparece enterrada na areia, nua, claro; meia hora ali, enterrada, e com a cabeça a mostra, sem nenhum gesto. A seguir, vagarosamente, começa a mexer o corpo e, aos poucos, a areia vai sendo "arredada" dando maior espaço ao corpo que começa a aparecer; primeiramente os seios e, depois, de tanto mexer, começa a se levantar e aparece totalmente nua com a expressão vazia no olhar. Levanta-se e caminha vagarosamente em direção ao público. Fim da performance.

Na mesma linha...

Título da performance: Terra!

A mesma mulher aparece totalmente nua, deitada na terra e com a boca "cravada" em um arbusto. Fica assim mais meia hora. Várias pessoas assistindo e a mulher imóvel, sem nenhum gesto, a boca grudada ao arbusto e o corpo estendido horizontalmente com as nádegas para cima, totalmente nu. É só isso a performance.

Mais uma, com o mesmo título da anterior: Terra! (Pareceu-me que a criatividade estava escassa, inclusive nos títulos).

Desta vez a natureza é forçada a participar da tal performance.

Ainda a mesma mulher, obviamente nua, aparece parada numa área totalmente gramada; previamente a grama foi roçada deixando àquele espaço mais livre e, em volta uma grama bem mais alta. No espaço definido, com a grama baixa, a mulher, nua, está imóvel. Assim fica um tempo até que se aproxima uma retroescavadeira, lentamente e barulhenta (como todas as retroescavadeiras). Chegando a poucos metros da mulher o operador da máquina aciona a grande pá de corte e começa a cavar em volta da mulher; algum tempo cavando em forma um grande sulco deixando a mulher ilhada numa pequena área de alguns metros. Ao final formou uma ilha quadrada e a mulher nua lá em cima. Fim da performance. Esta, porém, teve o auxílio do operador da retroescavadeira.

Fosse eu jurado de tal evento, creditaria à ele, operador da retroescavadeira, o mérito pela performance.

Outra, bem mais complexa, e novamente com um coadjuvante.

A mesma mulher aparece num púlpito lendo um texto desconexo. Desta vez totalmente vestida; com uma calça Jeans e uma blusa branca, poupando a plateia de visualizá-la novamente com seus pêlos vaginais não cortados, vastos, num visual anti-higiênico.

Ela, a mulher, continua lendo o tal texto por alguns minutos e, então, aproxima-se um homem vestido com uniforme de enfermagem e um aparelho de anestesia nas mãos. A mulher abre a boca e o tal homem aplica uma anestesia em um dos lados da gengiva; massageia, como fazem os dentistas, depois sai. A mulher continua lendo, agora com mais dificuldade em função da anestesia. Esta interrupção da leitura é feita por mais quatro vezes; em todas o "dentista" aplica uma anestesia em um dos lados da gengiva, totalizando toda a boca. A cada anestesia ela recomeça a leitura até uma nova anestesia ser feita pelo "dentista"; quatro vezes; quatro anestesias.

Não é necessário dizer que ela concluiu a leitura babando.

Ao se retirar, deixa o púlpito recebendo um sofrível aplauso de dois ou três entusiastas.
Outra performance externa, similar àquela da retroescavadeira, em que a natureza é forçada a participar.

Em um campo está armado um "altar" de tijolos e um mastro ao centro, no alto. Chega a mulher com uma veste totalmente transparente, esvoaçante, branca, com fendas dos dois lados, fazendo a veste abrir-se totalmente pela ação do vento; ela nua por baixo, como de costume.

A mulher sobe ao "altar" e um homem amarra seus punhos às costas e ao mastro. A seguir vários outros homens começam a colocar arbustos secos em volta do "altar". É tanto arbusto que a mulher quase sumiu, ficando somente com a cabeça a mostra.

Juro! Pensei que iriam colocar fogo; ai lembrei-me do título da performance: A intenção!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

VAMOS ACORDAR?

Acordo pela manhã, bem cedo, talvez inconscientemente lembrando o Clarim tocar Alvorada e penso que poderíamos ter mais um chance; só mais uma. Começar de novo!
Certamente que eu iria repensar algumas coisas; todos nós repensaríamos.
É, ... todos nós!
Não sou tão egoísta assim, eu gostaria de uma nova chance com todos nós juntos, afinal eu nada seria se não fosse com vocês.
Sim, .. vocês que fazem parte deste mundo que nós ao mesmo tempo que nos fazemos, fazemos o mundo. Este mundo!
Mas o que eu repensaria? O que nós repensaríamos?
Toque da Alvorada
Eu gostaria de ouvir tocar novamente o Clarim da Alvorada; ter o viço daquela juventude para fazer o que não foi feito; a tranqüilidade e a boa ingenuidade da pós adolescência; o fogo, a garra, a energia, a paixão e talvez até a inconsequência que nos fazia homens sem medo.
Quando lembro, e eu ainda lembro, do trânsito, passo a passo, dos percalços, dificuldades, barreiras; de portas fechadas e de caminhos que pareciam infindáveis, lembro também do que disse Heráclito: "Tudo flui e nada permanece; tudo se afasta e nada fica parado.... Você não consegue se banhar duas vezes no mesmo rio, pois outras águas e ainda outras sempre vão fluindo.... É na mudança que as coisas acham repouso...."
Pois, então, neste repouso de hoje, onde as mudanças acontecem e o que dói vai sarar e o que é bom pode piorar é necessário olhar para a frente pois o Clarim não vai tocar; a Alvorada já se foi e o que resta é andar em frente. É nesse trânsito existencial que caminhamos todos juntos; uns mais para trás outros mais à frente mas ninguém, ninguém mesmo, deixa de seguir o seu percurso. É por isso também que não posso esquecer do provérbio latino: "Praeteritum tempus umquam revertitur" ou Tempo perdido não se recupera!
Não podemos perder tempo! Mas podemos relembrar; e na lembrança o Clarim toca e aprimora o pensamento: "O difícil se faz agora, o impossível logo a seguir".
É isso mesmo! Lamentações não devem ser nossa máxima e o que passou foi a melhor coisa de nossas vidas mas, nossas vidas, ainda não estão completas, é preciso mais.
A cada passo dado uma pedra do quebra cabeças se assenta em seu lugar; o lugar certo, e único.
Quando o Clarim tocar, não será mais o Clarim da Alvorada de ontem, pois sempre existirá uma nova Alvorada!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

VAMOS TOMAR CAFÉ?

Já faz algum tempo que ando desiludido com a cultura do livro, da leitura. Em todo o mundo está disseminada uma outra cultura: A da Anorexia Literária! Já escrevi anteriormente um texto a respeito e continuo acreditando que se o apetite pela leitura se esvai; da mesma forma desce ladeira abaixo a possibilidade do senso crítico ter meios de se alimentar. Estamos caminhando em direção a morte das idéias; sepultando a possibilidade de controlarmos o mundo e deixando a tecnologia nos contaminar a tal ponto que seremos, em breve, escravos de máquinas. 

Parece uma contradição: Escravos de nós mesmos!

O avanço tecnológico só foi possível pela inteligência e magnitude do pensamento humano, mas esse pensamento foi forjado por homens que buscaram o conhecimento e se convenceram que conhecer é superar o próprio conhecimento. As idéias devem ser incessantemente confrontadas com suas antíteses para que possam se manter no topo do desenvolvimento. Assim, dia após dia, chegamos ao que antes não era possível a não ser pelo pensamento.

Pensar é criar a possibilidade...

O pensamento deve ser forjado na leitura, como ferro e fogo, pois o metal mais forte é forjado na chama mais quente. Ler alimenta a alma mas também as idéias que deverão ser, sempre, testadas e reavaliadas. Uma ideia que se mantém inalterada é como chama que se apaga por falta de lenha no fogo. É necessário realimentar as idéias e através da leitura o fazemos incessantemente. O livro é o meio para tal procedimento e se o mantivermos fisicamente melhor ainda, pois saboreá-lo página a página é como pássaro sorvendo o néctar da flor, gota a gota.

O desenvolvimento tecnológico deve continuar mas se pararmos de pensar, de alimentar o pensamento e de sobrepujar idéias ficaremos escravos de uma construção que se estagnará no tempo; por si só a tecnologia não avançará a não ser construindo máquinas  que um dia escravizarão o homem.

Será que já não somos escravos das máquinas?

Houve um tempo que meu pai cortava lenha para alimentar a lareira que aquecia a casa; minha mãe cozinhava ao fogão onde ardia o fogo, mantido pela mesma lenha; a tardinha, quando aproximava-se a noite, a luz ainda era a de "candieiros" e "lampiões", ou mesmo da lareira que ainda aquecia a casa com as brasas avermelhadas que sobraram de uma das dádivas da natureza que o homem se utilizava para seu conforto. Não existiam botões que controlavam o acender ou apagar de luzes e tampouco as máquinas para lavar a roupa ou a louça; não sonhava-se com ar-condicionado e tampouco com um despertador que não fosse o galo que cantarolava todas as manhãs no mesmo horário, sem atrasar. Levantar-se, abrir a janela e respirar o ar perfumado da manhã era bem diferente do ar que respiramos hoje nas grandes cidades; não tinha o mesmo perfume que hoje respiro, na mesma avenida de outrora. Tudo mudou! 

É necessário que se continue a mudança, mas adaptá-la e reencetá-la para o rumo mais adequado ao ser humano.

Ler é buscar esse rumo, desenvolvendo idéias e alimentando o pensamento.