Seria desconsideração para com
todos àqueles que leem o que escrevo; àqueles que me conhecem pessoalmente, que
foram meus alunos, amigos, colegas, companheiros de jornadas. Àqueles que por
terem afinidades de ideias solicitaram amizade virtual ou são seguidores, tanto
dos blogs quanto no Facebook, ou nas demais páginas em que exponho meu ponto de
vista, político ou sobre assuntos diversos. Seria desconsideração, enfim, não
apresentar o motivo que me faz, agora, mudar o rumo, ou a forma, de minhas
argumentações sobre qualquer assunto que se apresente com necessidade de ser
discutido, o que sempre fiz, e desde 1989 quando ingressei na política
partidária e, ainda, depois, via internet, com o advento dos blogs e sites de
relacionamentos, como Orkut, Facebook e outros, abordando também temas da minha
profissão, bem como àqueles que me sentia apto a comentar ou tecer críticas.
Após um tempo recluso, em que
refleti através de muita meditação e leitura, concluí, pelos novos
aprendizados, insights e bênçãos espirituais recebidas que, apesar da
falibilidade humana, temos uma missão metafísica a ser cumprida em nosso
trânsito existencial.
Não sinto e não vejo
possibilidades de resultado positivo nessa luta incessante travada entre ideias
conflitantes; ideologias sectárias; opiniões e discursos subjetivos, eivados de
retórica e argumentação sem fundamento holístico.
O que vejo, e o que sinto, é um
desgaste emocional tão aviltante que faz do ser humano um mero objeto, em vias
de se engalfinhar, um e outro, em pelejas desprovidas de sentido; um ser humano
em frangalhos, a olhar o outro como dissociado da mesma humanidade em que todos
nós estamos inseridos. Dessa guerra quero me evadir; uma deserção que a corte
suprema já me absolveu, pois não se trata de trair os postulados e sim o de
apresentar novos caminhos, que podem ser trilhados de maneira mais eficiente,
tornando esses embates de hoje em um encontro entre àqueles que se comprazem
com a beleza existencial.
É, pois, chegada a hora do ágape,
em que se vislumbre a possibilidade da confraternização universal, do bem, da
felicidade, do amor incondicional.
Aos meus detratores e àqueles que se consideram inimigos, minha benção; não
mais terão de mim senão amor. À meus amigos o convite: somem-se a outro
exército; àquele em que a luta é pela paz e onde o sangue não é derramado.
A mais dura batalha dessa guerra
rotineira é vencer a si mesmo; desvencilhar-se da negatividade, do ego, da
usura, do medo, da posse, do ódio. Àqueles que a isso superarem terão, enfim,
suas vidas livres das amarras fatídicas que os amordaçam e sufocam; esse caminho
livre abrirá as portas da felicidade e do amor, onde encontrarão os meios
afortunados da plena existência, em que a razão e a emoção se encontram.
Vive-se um momento de rusgas
intensas e sem possibilidade de trégua; a vida política e social degrada o ser
humano pelo abuso e astúcia de um lado e pela inércia e ignorância de outro.
Somos reféns de nossos próprios atos, insanos ou ingênuos. Um verdadeiro cabo
de guerra, em que cada um puxa para seu lado e que o vencedor é lobo da sua
própria carne.
Todos têm o direto de ser feliz,
sem que para isso obrigue-se a andar no mesmo bonde. Muitos defenderão
ardorosamente as ideias que lhes estão agregadas pela imposição ideológica ou
pela educação nunca contestada; serão Vassalos, alguns; Escravos, outros. Todos
com seus Suseranos. Serão livres, poucos; àqueles que se aventurarem em conhecer
um caminho além dos feudos; àqueles que quiseram comandar suas próprias vidas.
Alguns talvez comentem que é
fácil escrever sentado em berço esplêndido, mas desconhecem os caminhos que se
trilham. Não é, tenha certeza, o pragmatismo do bem material que move meus
sentimentos ou meus dedos em tecla de computador. Não é, creia-me, as
concessões de um dia que reflorestaram meus anseios sociais ou a pavimentação
da minha vida prática.
Não tenho as benesses concedidas
aos antigos colegas, que, em igualdade, desempenharam as mesmas funções, mas
que, depois, ao optarem pela merecida aposentaria tiverem o imerecido prêmio de
perpetuarem-se como beneficiários de um ganho em que o estado é o mecenas.
A isso meus pulmões enchem-se de
ar para expelir a verdade: não tenho esse usufruto maldito!
Estou livre dessas amarras
imorais! Sou feliz, pois meu maior ganho é a própria felicidade e, essa, me
possibilita muito mais que o ganho pecuniário sem honra; possibilita-me o ganho
honrado através dos meios para consegui-lo em maior proporção e com plena
ética. E, isso, todos poderiam conseguir, bastaria quererem.
Lamento àqueles que se
aproveitarem dos cochilos do sistema para deteriorar mais ainda as
instituições, necessárias a todos nós.
Não mais medirei forças com essas
ideias medíocres, pois delas quero estar distante. Livro-me, portanto, da fúria
revanchista e da necessidade quase histérica de rebater àquelas das quais não
concordo.
Políticas superficiais,
subjetivas, que atendem aos interesses de seus criadores e que são formuladas a
partir dos guetos partidários, no lamaçal de suas instâncias, não me farão
ouvinte e não desperdiçarei meu tempo em contestações que se perdem no vazio da
ignorância política e eleitoral.
Projetos oriundos da histeria
coletiva, de grupos estridentes e coloridos, vândalos da constituição, passarão
anônimos pelos espaços que conquistei, pois não mais me darei ao trabalho de
contesta-los. A negatividade não terá minha atenção.
Não me peçam para contraria-los,
pois não me compete ceifar o campo para possibilitar suas aventuras. Argumentar
contrariamente à negatividade é aceitar a regra do jogo e torna-lo possível.
Resistir ao mal é aumentar o malefício. Deixe-o andar, que certamente se
perdera no caminho da solidão. “Aquilo a que você resiste, persiste” (Carl
Gustav Jung – 1875/1961).
É para mim um novo momento (!);
e, respeitosa e desinteressadamente, aconselho àqueles que sentirem o despertar
da sua alma; o insight harmonioso que o faça ver além do próprio olhar; a luz
claríssima da Verdade alegrando cada coração; o pensamento constante na certeza
do bem e do amor; à esses, pois, aconselho a mudança que os levara aos pressupostos
únicos para uma vida plena de felicidade.
Esta é minha mensagem aos meus
amigos virtuais e não virtuais; seguidores e leitores. Outros ainda se somarão
a estes, tenho certeza, e com todos compartilharei essas novas experiências
positivas, fruto do aprendizado constante e permanente; de um conhecimento
pleno, sempre em superação, pois, no mundo, tudo são mudanças. Não é possível
nos banharmos na mesma água do rio, que corre, incessantemente; as águas nunca
serão as mesmas (Heráclito). Nós nunca seremos os mesmos. Resistir e
contrapor-se aos horrores dos acontecimentos no mundo contemporâneo é
possibilitar-lhes um caminho. Aceitar ou
contrariar uma ideia é estar junto àqueles que as implantaram dando-lhes
argumentos para o debate. Resistir é atrair.
Deixe o mal esvair-se no vazio
das suas ânsias; abra-se ao bem, deixe fluir seu coração para a felicidade e ao
encontro de um mundo sereno de amor.
Um comentário:
Olá Ira!
Hoje é daqueles dias que reservei um tempo para atualizar a leitura por aqui, no seu blog.
Confesso que abri um largo sorriso ao ler este seu post.
As transformações estão em alta! E são absolutamente necessárias, pois o novo tempo exige o integralmente novo. Então, hábitos, costumes, crenças, filosofias de vida, etc..etc..etc.. devem ser largados à beira do caminho. Despir-se do seu antigo modo de vida e recomeçar através da experiência, da sabedoria conquistada torna-se imperioso.
Parabéns! Adorei.
Como Reikiana por muitos e muitos anos compreendo perfeitamente o que está se passando com você.
E fiquei mesmo feliz!
Um abraço forte e um beijo desejando um feliz renascimento.
Astrid Annabelle
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