domingo, 29 de maio de 2011

ONDE ANDARÃO? II

(Um tempo de vida vivido na Caserna; entre o 1º/18º RI, QG da 6ª DI, 11ª Cia Com e o 9º RCB; de 1968 a 1973)

Onde andarão...

Cb. Dias; Cb. Rondon; Cb. Carlos; Cb. Adão Renato (Adão Renato do Pons Couto); Cb. Jacobsen; Cb. Maciel (Antonio Carlos Souto Maciel); Cb. Dario; Cb. Gandon; Cb. Carvalho; Sgt. Odracir; Sgt. Lima; Sgt. Flávio; Ten. Adel; Ten. Porciúncula; Ten. Correia Lima; Ten. Messias; Ten. Sparta; Cap. Cordeiro; Cap. Caggiano; Ten. Estrázulas; Ten. Clézio; Major Índio; Cel. Magalhães; Cel.
Sharnadoff (Harry Sharnadoff); Ten Cel. Ney (Ney Lauro Nunes de Carvalho); Cel. Jacobina (Alberto Bayardo Pereira Jacobina); Cap. Brocardo (Odone Silvio Viero Brocardo); Major Léo; Major Salgado; Cap. Assis; Ten. Carvalho; Ten. Marloi; Ten. Bittencourt; Ten. Amodeo; Ten. Fernando; Ten. Cavalinho; Sgt. Adailton; Sgt. Calvi; Sgt. Odone; Sgt. Valério; Sgt. Salgado; Ten. Marder; Cb. Valmor; Sd. Aquiles (Aquiles Eder); Sd. Gayer (Omar Gayer); Ten. Vicente (João Vicente Vitola); Ten. Guedes; Cap. Del’Olmo (Florisbal Del'Olmo); Ten. Macy; Cb. Cambraia; Cb. Tavares; Ten.Cabecita; Cb. Rudenir (Rudenir Meireles Cunha - Rudy Meireles); Ten. Amorim; Ten. Byron (Paulo Byron de Oliveira Soares Filho); Cb. Teixeira; Cb. Bombardeli; Cb. Martins; Cb. Bittencourt; Sd. Osório; Sd. Nélio; Cb. Santa Maria; Sgt. Gandon; Sgt. Cícero; Gen. Borges Fortes (Breno Borges Fortes); Gen. Mourão; Gen. Mena Barreto; Sd. Assis; Sd. Tolentino; Ten. Cesar; Ten. Sávio e tantos outros que as imagens são presentes, mas os nomes se perderam pelo acúmulo de informações em nossa memória?



Claro que à distância eu soube das promoções; das reformas; de algumas mudanças de carreira, assim como, inevitavelmente, de alguns que já se despediram da vida; mas o trânsito no mundo exige-nos o caminhar constante.


Cada um daqueles que um dia se encontraram tem o seu mundo e o faz a cada instante, pois a existência é feita também da materialidade, com suas competições e a permanente busca por ascensão social; por esta razão meus feitos não ficaram estagnados, mas distanciaram-me de muitos daqueles com quem um dia convivi.


Os nomes fazem parte da lembrança que celebramos durante um instante do tempo existencial e nos apontam o significado de Ser com o Outro. Essa identidade materializa a memória e a faz viva em nova perspectiva revivendo o passado cristalizado no tempo.


Seriam necessárias várias páginas para ser fiel a todos os que participaram e ainda participam da vida de alguém; no meu caso eu deveria acrescentar colegas de profissões, como os professores; colegas de atividades, como os de parlamento; colegas das universidades e faculdades e os amigos; estes poucos, muito poucos. Mas pensei que os meus 18 anos seria um marco referencial e por isso enumerei os companheiros da caserna, de um instante de tempo que somou mais de cinco anos. Propositalmente os nomes não estão em ordem de hierarquia e muito menos divididos por unidade militar, pois todos eles de um tempo e outro, com divisas, sem divisas ou com estrelas gemadas ou não foram seres humanos de um interrégno do meu tempo existencial.


Onde estarão aqueles que ainda permanecem no trânsito da vida a perguntar, talvez de forma inconsciente: o que faço no mundo? por que estou aqui? e outros que a tudo isso ignoram?


A pergunta é a catarse humana e materializa a ansiedade, a ignorância, a solidão e o medo. O homem não está só no mundo e para que isso fique vivo em sua mente ele se agarra ao outro. Queremos sempre o companheiro que expressa à vida e como um espelho nos possibilita a materialização do Ser. Somos indivíduos, um com o outro, mas a solidão nos assusta; é a presença que alivia o medo do vazio e do nada.


Onde andarão?

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