O Domingo sempre se apresenta sonolento, preguiçoso, com cara de família agregada, receptivo a espera de que todos se dirijam à igreja. A seguir, desejoso da felicidade também material, abre seu sorriso imenso como garçom de churrascaria gaúcha indicando o melhor lugar para sentar. Depois, como se satisfeito do lautoso e requintado maná dos deuses cochila requebrando as pálpebras e deixando gotejar sobre o mundo um orvalho perdido. Não encerra o dia sem antes promover o Ágape, como se príncipes e princesas da corte de Windsor estivessem se preparando para o chá das cinco. Feliz estende sua condescendência e a expande à todos com o agape theon, tão belo quanto o título da deusa Ísis; ou ainda, permite alargar-se como enoroen do agapeon criando uma epigrafe para os heróis humanos. Satisfeito convida a deusa Níx, uma das primeiras a chegar nessa esfera existencial, quinta herdeira de Caos, que foi antecedida por Gaia, Tártaro, Eros e Érebus, para que adentre-se completando o círculo infinito do seu vai-e-vem semanal.
Bon dimanche!
2 comentários:
Oi Prof. Irapuan!!!
Neste ritmo de domingo filosófico tão bem descrito em suas palavras quero lhe desejar um excelente dia e igualmente uma semana repleta de realizações!!!
Bjus
Bia :)
Muita gente não gosta do domingo, mas, olhando pelo lado do seu texto, é uma comunhão de coisas boas e agradáveis... por que não aproveitar os últimos momentos do dia de descanso antes do início daquela semana tensa, não é mesmo? ;)
Abraço!
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