sábado, 11 de agosto de 2007

REFORMA POLÍTICA

Cansei de ouvir essa balela de reforma política; Mauro Benevides, um dos decanos da Câmara Federal, falava-me todo o santo dia sobre a propalada reforma; nem bem eu entrava no Plenário e o Benevides me vinha com a velha nova: reforma política, sob a batuta do Caiado.

Como não poderia deixar de ser a mão do Caiado é providencial para a mesmisse política; ele, como muitos outros da cúpula politiqueira de nosso País, é o homem talhado para fazer o povo de bobo com a fanfarrice da tal de reforma.

Escudados pela grande imprensa, o que vão mesmo fazer é, mais uma vez, enganar o eleitor. Sei muito bem o que se passa na cabecinha matreira desses politicões permanentes. Vão enfiar göela abaixo aos brasileiros uma reforma que só vai servir para os mesmos de sempre se locupletarem gastando muitíssimo menos em aliciamentos.

Agora vão comprar só os convencionais. Vai ficar bem mais barato!

Essa imoralidade nunca vai acabar, mesmo que o Marco Aurélio, o Ministro, dê sua bronca jornalística de vez em quando, e num momento feliz de lucidez política, e ele o tem, critique com grande veemência a reforma do Caiado.

Pois os "permanentes" querem continuar sendo, mas com menor custo. A idéia da lista fechada vai nessa direção.

O eufemismo listas pré-ordenadas, que o Mauro Benevides tanto gostava de enfatizar, nada mais é do que colocar no topo destas listinhas os nomes dos "permanentes da Câmara" e depois dizer que o povo vai votar no partido e por isso teremos um voto mais consciente, maturidade política e blá, blá, blá, blá, blá...

Os nomes que constarão (ou constariam) no topo das listinhas, na próxima eleição, serão (ou seriam) os dos atuais detentedores de mandato. Depois, numa próxima eleição, serão (ou seriam) os nomes indicados em convenção partidária.

Alguém sabe o que é uma convenção partidária?

Pois, poderia ser aquelas festas norte-americanas com bandeirinhas, em que tudo já está acertado, ou poderia ser, também, aquelas brasileiras, em que são fretados alguns coletivos para trazer os convencionais para o grande momento, que por sua vez comparecem em troca de um sanduwiche e de um belo passeio de ônibus. Agitam-se bandeirinhas, gritam-se nomes já indicados pelos patrocinadores dos onibus e dos sanduwiches, e depois vota-se nos nomes que já lhes foram determinados. Os mais votados irão para o topo da lista, que depois será votada pelos demais cidadãos tendo como indicativo o número do partido.

As campanhas serão (ou seriam) pagas com o dinheiro público, agora oficializado; disseram-nos que esse será (ou seria) o grande momento da evolução política no Brasil; fizeram-nos crer que o povo sempre sonhou com o financiamento público de campanha pois só assim a política seria moralizada. E para nos dar um "selo de garantia" temos a imprensa, com seu jeitinho camaleônico, ora de um lado, ora de outro, apoiando tudo que seja únicamente da sua conveniência, e sempre em nome do povo.

Dizem-nos que vamos viver (se a reforma das listinhas for aprovada) uma nova era política no Brasil. Tudo vai ser diferente, não vamos mais votar em nomes, o voto não mais será pessoal; da noite para o dia nos convenceram que nós amadurecemos politicamente e por isso será necessário votarmos nos partidos e não mais nos nomes individualmente. Por sua vez os partido políticos, tambem da noite para o dia, se transformaram em agremiações fortes, organizadas, democráticas etc, etc, etc, etc, etc....

Tudo para Inglês ver;

E viva o BraZil!!!

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