segunda-feira, 10 de setembro de 2007

EGOISMO

Posso dizer que tenho uma longa carreira como psicanalista e estudioso das ciências humanas. Embora tenha começado um pouco tarde para os padrões esquemáticos da educação dos pedagogos da hora certa, minha vida acadêmica soma mais de 40 anos.

Mas não sou somente um teórico; as experiências em minha vida tiveram também presença marcante em toda essa trajetória.

Ao analisar o comportamento e as relações interpessoais de pais e mães separados pude observar o quanto são egoístas em detrimento do bem estar da criança.

Fico estarrecido quando observo que o mais importante para os pais é o que eles sentem, sem ao menos se perguntarem o que seu filho ou filha sente.

A disputa pela guarda horroriza-me; são embates ridículos com os mais variados argumentos como se as emoções e os sentimentos pudessem ser coisas empíricas a serem divididas em partes, cortadas aos pedaços, para que cada um abocanhe seu naco.

Aos que se dizem pais eu os desafio à renúncia; a abrirem mão da posse.

Certamente que com isso será menos dolorosa para os filhos a outra inconseqüência já feita: a separação.

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