sábado, 22 de setembro de 2007

SARKOZY II

Já manifestei minha simpatia por Nicolas Sarkozy, o Presidente Francês, em outras ocasiões e neste blog, num texto postado em 20 de agosto. Agora volto a fazê-lo, pois o Presidente da França é um homem realmente interessado pelas questões que envolvem seu país, o que, invejo eu, assim deveriam ser nossos presidentes.

Meu companheiro de jornada política, Vanderlei Assis, grande médico homeopata da Ilha do Governador, no Rio, traduziu e me mandou um discurso de Sarcozy; remendei algumas palavras por conta dos meus tempos de estudante em Paris e o reproduzo a seguir, esperando que alguns pretendentes ao cargo maior no Brasil se espelhem em ações de desenvolvimento e não nas retrógadas que costumamos reproduzir.

Eis o dicurso de posse do Presidente Francês:

"Derrotamos a frivolidade e a hipocrisia dos intelectuais progressistas; o pensamento único daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada.
Não vamos permitir a mercantilização de um mundo onde não há lugar para a cultura:
Desde 1968 não se podia falar da moral.
Haviam-nos imposto o relativismo, a idéia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto como o mestre, que não se podiam dar notas para não traumatizar o mau estudante.
Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinqüente.
Que a autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado.
Que não havia nada sagrado, nada admirável.
Era o slogan de maio de 68 nas paredes de Sorbone:
"viver sem obrigações e gozar sem trabalhar."
Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo. Assassinaram os escrúpulos e a ética.
Uma esquerda hipócrita que permitia indenizações milionárias aos grandes executivos e o triunfo do predador sobre o empreendedor. Esta esquerda está na política, nos meios de comunicação, na economia. Ela tomou o gosto do poder.
A crise da cultura do trabalho é uma crise moral.
Vou reabilitar o trabalho. Deixaram sem poder as forças da ordem e criaram uma frase: "abriu-se uma fossa entre a polícia e a juventude."
Os vândalos são bons e a polícia é má. Como se a sociedade fosse sempre culpada e o delinqüente inocente.
Defendem os serviços públicos, mas jamais usam o transporte coletivo.
Amam tanto a escola pública, mas seus filhos estudam em colégios privados.
Dizem adorar a periferia e jamais vivem nela. Assinam petições quando se expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa.
Essa esquerda que desde maio de 1968 renunciou o mérito e o esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a república.
Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui. Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do estado sem trabalhar.
Quero criar uma cidadania de deveres.
Primeiro os deveres, logo após os direitos".
Nicolas sarkozy, Presidente da França

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